terça-feira, 25 de maio de 2021

 


Como me encaixo na tua vida

 

Ronaldo Magella

 

Diz a hora, que eu ajusto o relógio.

Diz o dia, que marco no calendário.

Só me diz como eu me encaixo na sua vida.

Diz o tempo, eu corro.

Pede pra eu esperar, eu paro.

Só teu nos dias de feira.

Nos finais de semanas e feriados.

Te ajudo a não fugir, você me ajuda a ficar.

Só me diz como eu me encaixo na sua vida.

Diz o comando, eu sigo.

Escolhe o lugar, eu apareço.

Só não deixa a gente se perder.

Só me diz como eu me encaixo na sua vida.

Vou aberto, portas, janelas e coração.

Sou a tua peça que falta, para o teu quebra cabeça.

 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Esperança


Não existe amor sem esperança

Ronaldo Magella

Não haverá amor sem esperança
Amar é acreditar
Só ama quem tem pensamento positivo
O inseguro mata a relação
O pessimista não cria laços
Amar é pra quem acredita
Todo amor é um ato de fé
Só se entrega quem tem coragem
Só ama quem não tem medo
A dúvida atrasa o processo
A carência atrapalha o tempo
Só pega não mão quem confia
A confiança fortalece o amor
O amor forte continua
Continuar é forma de amar
E só ama quem continua

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Ranking do amor


Gente interessante ganha pontos: muita gente interessada, mas poucas interessantes

Ronaldo Magella

Uma amiga criou um ranking, estabeleceu critérios, definiu regras para conhecer alguém.

Ela me diz, se a pessoa não for interessante, “nem visualizo, fica no vácuo”. Ela completa, tem muita gente interessada, mas pouca gente interessante, a maioria é mais do mesmo.

Segundo ela quem conseguir pontuar na tabela vai avançando etapas.

Segundo seus critérios não precisa ser bonito, forte, algo, tipo padrão, mas, tipo, precisa ser alguém que valha a pena conhecer.

Ela me diz, ganha 10 pontos se o cara tiver iniciativa, puxar conversar, se souber conversar, e se tiver conteúdo, ganha mais 20 pontos.

Se a conversa for boa, engraçada, sem aqueles clichês, sem pedir fotos, nudes, sem perguntar se está namorando, se tem chances, mais 30 pontos.

Ela diz que para cada afinidades, 01 ponto, se o cara gostar de ler, cinema, séries, viajar, música boa, sair pra conversar, se pensar em ter um futuro, gostar de dançar, pronto, 40 pontos.

Se não gostar de futebol, nem passar horas conversando sobre esporte, 50, cinquentinha na tabela. E vamos seguindo. Pontuação vai aumentando.

Se souber pedir desculpas e souber fazer elogios sinceros, 60 pontos, se arranca sorridos, 70 pontos, se propõe coisas interessantes, se souber fazer surpresas, lembrar dasdatas, 80 pontos.

Se for romântico, educado, atencioso, disponível, chegamos na casa dos 100 pontos, e pronto.

Aí pronto, os pontos podem ser trocados, 35 pontos, ela diz, ganha o número do WhatSapp, 40 pontos, um café, 45 pontos, um cinema, 50 pontos, um abraço.

Segundo ela, ninguém passou dos 30 pontos até o momento.

Ela diz que é uma brincadeira, mas uma brincadeira séria, pois tem muita opção no mercado, mas muito produto de péssima qualidade, de marca ruim, sem procedência.

Pergunto se ela num é exagerada ou exigente demais, ela me diz que, pedir que alguém seja um pouco melhor do que os demais não é ser difícil ou radical, apenas uma forma de se proteger dos fakes humanos.

Segunda ela o mercado está cheio, com muitas opções, mas se precisa de um padrão de qualidade, é preciso ter cautela para não se perder diante das ofertas, com preços baixos, oferecidos, mas sem muita consistência de duração.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Ex


Lugar de ex é lá, nos perdidos

Ronaldo Magella

Lugar de ex é nos perdidos, longe dos achados.

Lugar de ex é no passado, longe, distante.

Ex que não é esquecido é sempre atual.

O ex não entra na relação nova, não faz parte da conversa, não deve sentar à mesa, não faz parte mais do mundo dos vivos, dos que estão a conviver.

Ex não deve ser lembrado.

Ex só atrapalha.

Não compare a ex com a atual, é injusto, chato, horrível, ninguém merece.
Quer falar do ex? Volta pra ele, ou pra ela. Simples assim.

Falar do ex mostra que você está indo olhando para trás, no presente olhando pelo retrovisor.

Ninguém suporta estar com alguém que vez ou outra lembra do passado, suspira de saudade, se queixa do que passou, revive as lembranças.

Quem muito fala do que passou acaba perdendo o que virá. Lugar de ex é no lugar dele, "exquecido".


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Cobrar


Toda cobrança mostra uma relação incompleta

Ronaldo Magella

Só cobra na relação quem se sente subtraído
Quem acha que recebeu menos cobrará por mais
Toda cobrança mostra uma relação incompleta
O cobrador acha que se doou demais e recebeu de menos
A cobrança é sempre um pedido de socorro
Quem não tem interesse não mostra a conta, não cobra, não observa os detalhes
Quem deseja ficar briga por mudanças, quem deseja a relação se mostra insatisfeito
Aponta erros, analisa situações, busca melhorias, um alinhamento
A insatisfação é uma forma de mostrar o gostar desatento do outro
Quem gosta clama do outro demonstrações, cuidados e dedicação
Quer atenção.
O desatento na relação sempre receberá cobranças com juros e taxas adicionais
Ninguém beija esperando receber um abraço, ninguém se apaixona esperando ter só amizade
Se cobra reciprocidade, cumplicidade, intensidade
Nunca a cobrança é atual, chega sempre atrasada, sempre se espera do outro reconhecimento
Que o outro perceba, tenha sensibilidade para sentir o emprego do tempo, a dispensa de afeto
Cobrança não atendida, atitudes repetidas, desatenção mantida, indiferença permanente,
Suspensão do barulho, brigas encerradas, silêncio decretado, separação consumada.


quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Decisões

Se Você se entregou de corpo e alma, foi por decisão própria, não cobre por algo que ninguém te pediu pra fazer

Bauman afirmou que nesses tempos líquidos, de laços e amores frágeis, superficiais, nenhum de nós tem segurança de nada, não podemos cobrar por nossas decisões e escolhas, se em determinado momento, em alguma relação, por qualquer motivo ou razão, a gente decidiu ir em frente, com tudo, mergulhar de cabeça, se entregar de corpo e alma, dar o coração, dedicar o tempo, apostar no outro, foi uma decisão nossa, nenhum de nós pode cobrar por aquilo que escolheu doar de livre vontade e desejo, depois não teremos nós nenhum crédito a nossa favor, ninguém nos pede pra gostar, nem pode nos garantir sentimentos, afetos, amor e paixão, às vezes, por sorte, a gente se encaixa em alguém, outras vezes, digamos, por fazer, a gente não se acerta, há sempre metade das chances para algo ser bom ou ruim, a gente tenta, se esforça, arrisca, eis a palavra, arrisca, mas não temos certezas, só medo, insegurança e esperança, mas sempre foi uma escolha, e a gente não pode cobrar por nossas decisões.

Ronaldo Magella 

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Voltei a escrever


“Estou tentando”: o amor é como um quebra cabeças

Ronaldo Magella

“Estou tentando”, foi a frase que uma amiga me disse hoje ao anunciar que estava namorando.

Não demorou muito para surgir na minha cabeça a analogia, comparação, do amor como um quebra cabeças.


Não importa os meios, no fim, é o formato, a peça pronta, acabada, o esforço de montar, a paciência para ver a imagem, a paisagem.

Tem gente que encaixa as peças rapidamente, tem um bom olho, reconhece o formato dos tamanhos, percebe as lacunas, os vazios, tem agilidade, vai encaixando, formando, juntando, vivendo, experimentando, se completando e completando.

Outros são mais demorados, precisam de mais tempo, são menos ágeis.

De uma forma ou de outra, todo mundo está tentando. Confesso, admiro pessoas bem resolvidas nessa área, mas outra confissão.

Não faz muito tempo, vi muita gente, que juro, pensava, formava um casal sereno, firme, simpático, seguro, até ver separado.

Num misto de surpresa, admiração, mas também de reflexão, percebi e entendi que não existe encaixe perfeito.

Também acompanhei casais que pareciam estar no fundo do poço, de conversa pronta, decisão tomada para separar, e, espanto, ainda estão juntos.

Conclusão, estamos todos tentando, uns encontrar alguém, outros se manter, alguns se entender, segue, vida que segue, no rumo que desconhecemos, mas que estamos a percorrer, sem saber fim.