Sexo não é intimidade
Ronaldo
Magella 01/04/2017
Às vezes me pergunto o que
realmente queremos das nossas relações, qual o sentido hoje de estar com
alguém, se nenhum de nós tem segurança alguma de nada, nem confiança, nem
certeza.
Tenho ouvido muitos depoimentos de
mulheres que foram traídas, uma me contou que o marido a traiu com a babá,
outra me fala que foi trocada por uma conhecida, outra me diz que o seu
companheiro a deixou por uma adolescentes, seguem os depoimentos.
Hoje dia primeiro de abril, Dia da
Mentira, poderia dizer que a maioria das nossas relações sofre da falta de
intimidade, cumplicidade e afeto.
A gente costuma entender e aceitar
que o sexo é o coroamento da relação, mas é um erro, um engano, sexo nunca foi
intimidade, conhecer o corpo de alguém não nos torna íntimos delas, pelo
contrário, pode muitas vezes nos tornar distantes.
Intimidade é baseada em confiança,
em segurança, em afeto e cumplicidade, se temos isso, já temos uma estrutura
interessante para nos prender no laço afetivo.
Saber do outro, está na vida dele,
ou dela, participar, dividir a relação, o que é raro, pois muitas pessoas têm
alguém, uma pessoa, uma espécie de rótulo, namorado, esposo, marido, mas não
tem um companheiro, um amigo, alguém do lado, a isso chamaria de falta de
cumplicidade.
Uma relação sem afeto, gente que
deixou de namorar desde o primeiro ano de relação, não se beijam mais, não se
abraçam, não se tocam, não fazem planos, não vivem mais uma vida, estão apenas
seguindo por motivos os variados, a isso chamaria de falta de afeto.
Já não basta dividir corpos,
precisamos untar almas para somar corações e unir mentes, ligar sentimentos
para fortalecer vidas, viver emoções para criar vínculos, ter vínculos para
continuar unidos, ligados, somando, sentindo.
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