Enquanto um chora,
outro sorri
Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista,
jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais
nada (11/05/2015)
Já sofri muito por “amor” pra
enfim entender que sofrimento, nenhum, trará ninguém de volta.
Lágrimas não convencem ninguém, dramas
menos ainda, nem tentativas de suicídio. Or, me poupem.
Quando a relação não está boa, o
melhor é sair fora.
Sofrer, sim, se pode, em
silêncio, gostar, claro, se em segredo.
O barulho dos nossos sentimentos
não irá despertar ninguém que não sente mais nada por nós.
Não dá pra culpar alguém que
deixou de gostar da gente, que perdeu o encanto, acontece, faz parte, é da
vida, nem podemos nos magoar por alguém se apaixonar por outra pessoa, uma vez
que o mesmo poderá acontecer conosco, somos suscetíveis também.
Sempre haverá uma dualidade,
enquanto um chorar, outro vai sorrir.
Quem não está mais feliz com a
relação partirá, sem dó, pena ou medo, e ao que ficar, apenas lhe restará
aceitar.
Aprendi que só o tempo para
consertar as coisas.
Se alguém voltar, será por motivos
próprios, pela saudade, por gostar, mas só irá perceber mais tarde, na falta,
na ausência.
A nossa implicância em “trazer de
volta o ente amado”, como nesses anúncios que encontramos em postes pelas ruas,
só irá afastá-lo ainda mais.
Não se obriga ninguém a gostar,
amar, o desejo não pode ser uma obrigação.
Nossa gritaria não trará ninguém
de volta, nem sensibilizará quem já tomou dentro de si a decisão de ir.
Já sofri um pouco pra entender
que lágrimas secam, o tempo passa, a vida segue, talvez o amor não termine,
fique ali, quieto, guardado, mas sem nos ferir tanto quanto um dia nos fez
sofrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário