Pessoas que nos fazem falta
Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista,
jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais
nada (04/05/2015)
Não sei, como diz a máxima, se, só valorizamos quando
perdemos, mas penso que aí existe um pouco de imaturidade da nossa parte em não
reconhecer o que temos, porém, acredito que é na falta, na ausência que temos a
chance e a oportunidade de pesar aquilo que havia até bem pouco tempo.
Isso diz muito do nosso desejo, a gente só deseja aquilo que
não tem, possui, e diz muito ainda sobre a nossa personalidade e estágio
evolutivo. Infantil.
Será mesmo que precisamos sentir falta para saber que
gostamos? Não, mas acontece demais.
A convivência com alguém, a amizade, o contato, a intimidade,
e por mais que a gente na hora, ali no momento nem pense em paixão, amor,
desejo, vontade, mas é só não ter mais o que tínhamos e para percebemos o
quanto nos faz falta. E talvez seja apenas a companhia.
Aconteceu comigo, acontece com muita gente. A pessoa vai
embora e nos deixa uma lacuna, um grito preso, provoca saudade e uma vontade de
querer ficar pra sempre com ela, ao lado dela e nunca mais a deixá-la ir,
partir.
Sou dos que acreditam que o amor nasce da amizade, da
admiração, do contato, da conversa, dos abraços, da convivência, do afeto, e
neste caso não é perder para saber valorizar, é não perceber o que sentíamos
naquele momento.
Acho que companhias, boas, inestimáveis, nos fazem bem,
melhoram a nossa vida, o nosso humor, pessoas interessantes, com as quais podemos
conversar e compartilhar nossos interesses e preferências, são pessoas assim
que prefiro para viver ao meu lado, talvez até sem intenção, desde que seja
gostosa a convivência.
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