Amores perdidos
Ronaldo Magella
05/01/2017
Talvez, se perdidos, nunca tenham sido amores.
Há quem acredite que só se ama uma vez na vida.
Outros defendem que existem amores e amores, uns maiores,
outros menores.
Um dia o amor não é mais o mesmo, mas será que era mesmo
amor? Sim, era. Assim penso.
Tudo que sentimos é real e verdadeiro, mas a gente amadurece
é percebe os sentimentos de outra forma, com outro olhar, com mais distância.
Há um momento na vida que a gente precisa de atenção, é
carente, quer uma relação mais pegajosa, próxima, e acha que, se assim não for,
a pessoa não gosta da gente, a relação não é legal.
Outras vezes, mais maduros, a gente quer o contato, a proximidade,
mas também certa liberdade.
Nos dois casos há gostar, sentimento, até amor, a gente é que
entendeu a emoção de forma de diferente e não é mais o mesmo.
Existem amores perdidos? Diria que sim, e também, que não.
Acho que a gente nunca esquece as pessoas, mas não esquecer
não quer dizer que gostaria de continuar junto, viver outra vez, estar perto.
É mais lembrança do que saudade, e isso faz toda a diferença.
De outras vezes penso que o que se perde é o que um dia a
gente tinha percebido na outra pessoa a ponto de chegar a gostar dela, mas como
os nossos valores mudam, a gente muda, aquilo que um dia a gente chamou de
amor, era sim de fato ali naquele momento amor, dentro das nossas condições e
vivências.
Só que hoje não é mais, perdeu-se. Ou a gente quem se
encontrou.
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