Só é feliz quem sabe rir de si mesmo
Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista,
jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais
nada (24/02/2015)
Não dá pra ser feliz e levar tudo a sério.
A felicidade é um pouco ignorante, tem a sua própria
ignorância. Todo ignorante é mais feliz.
Gente feliz rir do tropeção na rua, do cabelo mal cortado,
de um dia de azar, rir quando tudo dá errado, quando está triste e até da
própria miséria.
Só será feliz quem souber rir de si mesmo, rir dos próprios
erros, entender que perfeição se persegue, mas talvez não se pratica, por
difícil, ou até impossível de alcançar, agora, por hora.
Gente feliz não se culpa, corrige seus erros, não se cobra,
realiza o que pode e deve. Chora, para logo em seguida voltar a sorrir.
Não se lastima, vive, não estaciona, continua. Para a
felicidade não há beco sem saída, gente feliz sabe olhar para trás e voltar
quando não é mais possível ir, seguir.
Só é feliz quem encontrar as próprias saídas.
Gente feliz não
reclama, entende, aceita, muda, trabalha, realiza, sorrindo, fazendo.
Quem reclama para si mesmo, de si mesmo, do mundo, perde
tempo, deixa de fazer, fica parado esperando algo acontecer.
Gente feliz faz e pronto.
Reclamar é procurar culpados deixando a própria
responsabilidade de lado, atribuindo a outrem as próprias dores, quando deveria
antes agir e não esperar e nem culpar.
A felicidade não é pesada, é leve, não tem cor, é
transparente, vive sem medo, sem culpa, dor, sorrir por alegria e não por
obrigação.
Não acredito em felicidade. Como diz o escritor e filósofo
Luiz Felipe Pondé, Deus me livre de ser feliz.
Só é feliz quem não se importar com a própria felicidade,
deixar o egoísmo de lado e olhar mais para o lado.
Gente feliz não é feliz apenas e por si só, mas também faz
outros felizes.
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