Não tenho medo
de não ser amado, tenho medo de não amar
Ronaldo
Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista,
tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (06/03/2015)
Não tenho medo de não ser amado, tenho medo
de não amar. Sei o que está com alguém sem gostar, me cobro, me culpo, sei e
percebo quando a pessoa está gostando mais de mim, enquanto não consigo
retribuir com a mesma intensidade.
Prefiro morrer de amor, chorar, sofrer, a
fazer alguém sofrer por mim e mendigar os meus sentimentos, prefiro antes que
seja eu a implorar perdão e pedir desculpas até a voz ficar rouca.
Não tenho medo de dá e me dá a mais e
receber de menos, se dei, foi por querer, por vontade, prazer e desejo, o amor
não é um contrato em que ambas as partes tem direitos e deveres, obrigações, o
amor não funciona com cobranças, os juros do que foi empregado jamais serão reembolsados.
No fim posso perceber que amei por dois,
mas enquanto amei, fui feliz, senti prazer ao despertar o sorriso de quem amava,
ao fazer uma surpresa, ao provocar sentimentos e saudades. Acredito que nada
supera aquilo que é vivido, aprendi que o amor são os momentos que juntos
compartilhamos, não há amanhã no amor, apenas o agora, não existe o depois,
tudo pode mudar daqui a pouco, é preciso dizer eu te amo na hora, no momento,
junto, como cantou Renato Russo é preciso amar as pessoas como se não houvesse
amanhã.
Quem
tem medo não ama, quem duvida não sente, quem critica perde tempo, quem analisa
demais deixa passar a hora, enquanto esperamos o tempo certo é certo que o
tempo passa e não nos espera e nos arrasta sem que tenhamos consciência disso.
Ninguém pode nos proibir de sentir, amar,
gostar, alguém pode não querer o nosso corpo, a nossa companhia, ficar ao nosso
lado, mas o sentimento é nosso. Somos sempre sozinhos e solitários em nossos
sentimentos e pensamentos, por mais que alguém me ame e me queria e fique
comigo não sentirá o mesmo amor que eu, posso até ser correspondido, mas a
amarei pela inteligência, ela talvez goste de mim por se sentir segura, sentimentos
diferentes, amores solitários que se unem para em conjunto conviverem.
Não importa o que sofri, quem me deixou,
lembro e sinto saudades das coisas que vivi com os amores que tive, por alguns
ainda sofro e nutro esperança, não culpo a ninguém por ter me amado de menos ou
mais, mas penso que tudo que me aconteceu me tornou quem eu sou hoje, nem tudo
aprendi como deveria, ainda erro os meus erros de sempre, cometo as mesmas falhas,
melhorei aqui, escorrego ali, mas sou fruto das minhas experiências e das pessoas
que por minha vida passaram.
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