“Não importam os anos, certas
coisas simplesmente permanecem” *
Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor,
blogueiro, radialista, jornalista e mais nada
Dizem
que quando você está sozinho ninguém te quer ou te procura, e que quando você
está acompanhado há um certo interesse ao seu redor. Não vou discutir isso
agora, esse texto se propõe a outro assunto, mas cabe dizer que, quando você
está sozinho tem mais tempo pra si, para olhar para o passado e para permitir
que algumas pessoas possam se aproximar de você, eis uma das vantagens.
A
última vez que a vi foi no dia 02 de novembro de 2008, segundo ela me conta,
informa, não tenho essa memória, ela guardou o momento na mente. O tempo
passou, a gente deixou de se falar, casei, me separei, vivi outras coisas,
outros amores e paixões, não sei o que ela viveu, não me atrevi a perguntar, o
que sei é que, pelo menos vim a saber ontem, depois de quase cinco anos,
estamos em 2013, ela nunca me esqueceu.
Disse-me
ontem que ainda mexo com ela, com os sentimentos dela, “tenho muita vontade de
te ver”, foi a mensagem que recebi no meu celular. Nunca tivemos muitos
encontros, salvo engano, uns três momentos juntos apenas, falávamos mais por celular,
pela internet, mas tenho a sensação de que muitas vezes é mais importante o que
a pessoa representa pra nós, o que sentimentos realmente do que como as coisas
são. Será?
Não
dá para explicar o nosso gostar, a gente gosta, apenas, e isso talvez nos
baste, nos seja o suficiente para que possamos caminhar, seguir, acordar todo
dia. Sei também que dói, dá saudade, vontade, outras vezes até nos faz bem
pensar em quem gostamos, é maravilhoso, mesmo que ela, a pessoa, não esteja
mais com a gente, mas é o sentimento que
importa, ele que nos fazer ir, seguir, caminhar, parar, chorar ou simplesmente
sorrir.
Como
diz o texto *Amarello Amor, “não importam os anos, certas coisas simplesmente
permanecem... Percebemos que
amor igual não há e aquela pessoa continua e continuará a ser nossa referencia
afetiva mais sincera e profunda”. A gente vive, mas não pode se livrar das
lembranças, pensamentos, sentimentos, do passado, do que vivemos, podemos
ignorar, ser indiferente, mas sempre estará lá e como diz o texto, “todos nos carregamos
conosco uma história. Aquela que só nos atrevemos a lembrar, quando durante a
noite no escuro, encostamos nossas cabeças no travesseiro e o silêncio cala
fundo.... Mas então, numa
quinta-feira a tarde de um ano qualquer, tropeçamos nesse amor já supostamente
esquecido.”. Será? Sim, é.
Quanto
a ela, a mim, estamos sozinho, vamos nos encontrar, conversar, sentar, vamos os
olhar e saber o que sentimos, se vamos seguir ou se apenas vamos entender o que
passado deve ficar no seu lugar, lá, no mínimo teremos um bom encontro, duas
pessoas inteligentes, jornalistas, adultas, cultas, ela adora vinho, eu gosto
de ler, teremos um bom momento, isso pra gente está garantido, o resto, como
ela mesmo me disse, o resto a gente aproveita.
Mais uma vez PARABÉNS...belo texto.
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