Não vai rolar, não por enquanto
Ronaldo
Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais
nada.
16/07/2013
Não acho que coração seja igual a
fila, entre um, logo vem o outro, e ele vai caminhando, seguindo, como se nada
tivesse acontecido, não, não funciona assim, pelo menos comigo. Já escrevi
sobre isso outro dia, não assim diretamente, mas ao me reportar a um caso de um
amigo que terminou uma relação e logo entabulou outra e viu que num era a coisa
certa a fazer pelo momento.
Se uma relação termina, e ninguém
termina algo sozinho, alguém sentiu e alguém provocou, alguém se feriu e alguém
cortou, o fato é que, quando algo se quebra, parte dos dois lados, a corda
nunca arrebenta apenas de um lado, isso quando há sentimentos envolvidos e
quando é assim é preciso parar e repensar muitas coisas.
Sei que a maioria das pessoas
sente e tem medo de ficar sozinha, por isso a ansiedade de fazer a fila andar,
mostrar pra o outro que está bem, feliz, com outra pessoa, isso é meio
competitivo, mas tem um preço acredito, às vezes muito algo por se pagar.
Decidi ficar um tempo sozinho,
eleger outras prioridades, arrumar a vida, me entregar aos livros, ao trabalho,
me apaixonar pela vida sem que seja necessário está com outra pessoa, talvez
seja um momento importante, pensar um pouco no próprio destino, no seu futuro,
já que com outra pessoa você pensa sempre por ela, com ela, o que fará da vida
ao lado dela.
Até entendo o que dizem, um amor,
se cura com outro, mas num é bem por aí que a coisa funciona assim, pode até
ser para outras pessoas, talvez comigo não, preciso me curar, me fortalecer, me
pensar, refletir os erros, colocar as coisas no lugar, em ordem para quando me
apaixonar bagunçar tudo outra vez, pois é assim que funciona.
Mas, porém, entretanto, gostaria
de dizer, já pensei muito a respeito, e decidi comigo mesmo, não irei mais
errar, não haverá mais outros relacionamentos na minha história, vida, será
apenas agora o próximo e final, não irie cometer os mesmo erros, não andarei em
ciclos, não me deixaria ser o mesmo do passado, cometer novamente os mesmo
passos falsos, por isso é necessário me permitir esse tempo, para amadurecer
dentro de mim os sentimentos, as decisões, as certezas, as minhas verdades.
Quanto ao amor do passado? Talvez
a minha maior paixão até o momento, tínhamos livros, músicas, conversas,
sonhos, viagens, cumplicidade, tínhamos afinidades, mas a vida é assim, as coisas
terminam. Não a esquecerei jamais, a levarei comigo pra sempre, dentro de mim,
no meu coração, não tenho raiva ou mágoa dela, entendo e aceito a sua decisão,
como diz um amigo, ela decidiu, tá decidido, entendo que poderia ser diferente,
pois como diz Carpinejar, o amor num pode ser como um contrato, que os nossos
erros o tornem nulo, acredito em entendimento, diálogo, esforço, quando se
realmente quer, eis o fator, querer, que acho que não houve, mas enfim.
Logo, estou no meu momento, ainda
roendo as unhas, chorando pelos consultórios, na minha dor de cotovelo, que
irie levar adiante até um dia ela findar, até lá vou cantar, chorar, lembrar,
sentir saudade, mas ela vai passar, vai, pois o amor morre aos poucos por falta
de cuidado, atenção, zelo, afeto, mas eis que, não acaba, morre, e tudo que
morre se torna eterno, se eterniza, logo, jamais deixará de existir, mesmo não
retornando mais ao que um dia foi.
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