Só quero o que todo mundo quer e nada mais
Ronaldo
Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais
nada.
17/07/2013
Não vou mentir, morro de inveja
de gente apaixonada, que anda de mãos dadas, gente que se ama e se quer bem, que se beija, se abraça e se adora, gente
que posta foto na linha do tempo do Facebook e muda o status para
relacionamento sério, gente que viaja com a namorada, gente que sorrir de forma
boba e carinhosa com alguém do lado, admito, sinto inveja.
Sinto uma inveja danada de quem
casa, faz festa, tira fotos, sinto inveja até das coisas mais simples, um casal
de namorados tomando um sorvete, dois casais comendo uma pizza, meu coração chega
a doer e chorar de tanta emoção, mas não é uma inveja má, é sadia, apenas
vontade de fazer o que tudo mundo faz e vive.
Esse foi a conclusão que cheguei
em conversa com meu amigo Batista Alves, o pensador, admitimos em conjunto que queremos
a mesma coisa que todo mundo quer, amar e ser feliz, nada mais, nada menos. Até os mais revoltados precisam e querem alguém pra amar, pra escutá-los, ninguém suporta mesmo solidão.
Ainda hoje pedi uma mulher em
namoro, ela me perguntou, que tipo de namoro, eu disse sério, ué, ela me
perguntou, sério como, desse de andar de mãos dadas, tirar foto e colocar no
Facebook, marcar na rede que estamos nos relacionando seriamente? Sim, eu
respondi, ela disse, então, tudo certo, vamos namorar.
Era o que eu precisa para começar
a escrever esse texto, no fundo todos nós queremos um afeto, uma paixão louca,
um romance, queremos viver uma vida a dois, sentir o prazer da felicidade,
entender como é passar 50 anos com a mesma pessoa e ainda ter o que conversar,
sorrir e gostar.
Ninguém quer nada de diferente
não, as pessoas, nós, a gente, o mundo, todos queremos as mesmas coisas,
leveza, simplicidade, amor, carinho, afeto, cuidado, gente pra conversar,
namorar, viver coisas juntos, solidão é para os gênios, poetas, escritores,
missionários, as gentes comum como eu e você precisamos de gente, de calor, de
surpresa, presente, de beijo, abraço, de amor e paixão, nada mais, nada menos,
apenas o que todo mundo quer.
E talvez queira mais, deixar
bilhetes soltos pela casa, sempre quis fazer isso, pensei que era sozinho no mundo,
mas depois de ler Carpinejar, vejo que é o mal de todo poeta, deixar seu
sentimento preso num papel em algum e qualquer lugar, coisa boba, mas muito
romântica, enfim, apenas quero extravasar os sentimentos que guardo latentes
dentro de mim, viver essa paixão louca que guardo a ponto de estourar.
No fundo, só quero mesmo o que
todo mundo quer, viver a plenitude de um amor eterno, gostoso, saudável e com a
segurança de uma fruta mordida, como cantou Cazuza, nós dois no embalo da rede,
matando a sede na saliva, ser tão pão, tua comida, todo amor que houver nessa
vida....viva o poeta.
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