As mulheres e seus
amigos gays
Ronaldo Magella –
professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada
(17-10-1014)
Quatro amigas me afirmaram que
gostariam de ter um amigo gay, mas do que uma afirmação, elas me disseram que
era um sonho, penso que até uma necessidade, porém, tal desejo diz mais do que
apenas a vontade de confiar em alguém que não irá se interessar por elas.
Segundo minhas amigas um amigo
gay seria alguém não apenas para a troca de confidências, seria como se fosse
outra mulher, sendo que homem, e claro, gay, e ainda, que não competisse com
elas, que não provocasse insegurança e inveja, não sentisse atração, traísse, nem tivesse interesse, alguém do sexo
masculino, mas com sensibilidade, o que falta na maioria dos homens, segundo
elas.
O que as mulheres me dizem é que,
falta alguém, um homem com sensibilidade. Para elas os homens não sabem opinar
sobre a roupa delas, o que devem usar, vestir, os gays sabem. Os homens são
grossos, acham tudo igual, não conseguem fazer um elogio, são apressados, não
ajudam na hora de escolher uma peça, um batom, um esmalte, e elas são carentes
disso, mulheres são indecisas por natureza, precisam de um olhar alheio, outro,
externo.
Há ainda a questão da competição
no universo feminino, as mulheres competem entre si, em beleza, moda, no corpo,
por homens. Há quem diga que elas pouco se importam com a opinião masculina,
mas com a das outras mulheres, vestem-se para as outras, invejam as outras e
também são invejadas por elas. Um amigo gay supriria essa necessidade e
carência, seria um homem com um lado feminino, mais doce, meigo e opinativo.
Talvez seja apenas isso que as
mulheres querem em suas vidas, uma opinião masculina sem pressa, sem abuso, com
detalhe, alguém em quem confiar, alguém pra poder contar e desabafar, algo que
elas, pensam e acreditam, encontram em um gay, um homem, mas com um sentimento
de mulher, sem ser mulher, é isso, apenas isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário