É na intimidade que nos revelamos
Ronaldo Magella –
professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada
(24-10-1014)
A gente não conhece alguém até
conviver com ele, ou ela.
Só na intimidade demonstramos quem
somos, quem realmente somos. As pessoas nunca são o que elas realmente
aparentam ser, há sempre algo em baixo do tapete, atrás da porta, dentro do
quarto.
Em sociedade as pessoas fingem,
mentem, são atores e atrizes, sorrisos falsos, atuações mesquinhas,
interesseiras, maquiavélicas.
A pessoa educada, recatada,
quieta, simples, calada, pode muitas ser um monstro entre quatro paredes, dentro
de casa; a outro, outra, muito simpática, engraçado, boa praça, traz consigo
traços obscuros que só serão conhecidos quando em convivência. Nos Escondemos
por trás do verniz social, usamos máscaras.
Por isso muitas relações fracassam,
as pessoas se mostram, ou só mostram
sempre o seu melhor, suas melhores qualidades quando em relação as outras
pessoas, são as máscaras sociais.
Ninguém terá coragem de admitir
seus defeitos e piores erros.
O nosso ego ou o nosso marketing
pessoal não permite que a gente apresente o que temos de pior, escondemos os
nossos defeitos, somos performáticos, criamos e inventamos outro alguém para
conquistar a simpatia das pessoas, de alguém.
Sempre somos interessantes quando
queremos cativar alguém, emitimos elogios, cantadas baratas, somos atenciosos,
românticos, nos produzimos, depois do objetivo alcançado, cansamos, não
conseguimos manter o ritmo, e claro, quando a presa está em nossas mãos,
pronto, revelamos a realidade.
As pessoas sempre dizem ou fazem
os mesmos comentários, “você era uma pessoa, mudou com o tempo, no início era
um, agora é outro”, elas não conseguem perceber que nunca houve mudança, mas uma
encenação, agora encerrada e que só a convivência tornou clara e real.
As pessoas encenam uma forma de
ser, qualidades, características, mas um dia elas cansam e se mostram quem
realmente são, por isso há um ditado que diz, quer realmente conhecer alguém,
coma com ele um quilo de sal, ou seja, dê tempo, seja íntimo dela, converse,
esteja junto, perto, isso irá possibilitar um real conhecimento do outro.
Longe disso apenas ficaremos com
a aparência das pessoas, com aquilo que elas querem demonstrar, aparentar e
nunca com o que elas realmente são em essência.
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