Gosto de vida a dois, a aventura louca de ser um só
Ronaldo
Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais
nada.
29/06/2013
Ainda ontem, em conversa boa de
fim de noite, dizia que sou um meio tanto quanto quadrado nesse mundo moderno,
ainda curto uma vida a dois, mais que as aventuras que o mundo possa me
proporcionar, ainda gosto de uma relação a dois com tudo que ela tenha direito,
sorriso e lágrimas.
Ainda prezo pelo que duas pessoas
possam juntas viver e isso poderá ser eterno, a viver todo dia com uma pessoa
diferente e nunca jamais passar apenas de uma aventura banal, pois sei cansa e
um dia a conta chega e quando você for pagar talvez o juro seja pesado demais
para o seu bolso.
Sempre que converso com minhas
amigas elas sempre repetem a mesma coisa, estou sozinha porque os homens não
querem nada sério, e sempre repito a mesma coisa, nem todos, estou aqui para
provar o contrário.
Gosto de viver a dois, acho que
seja interessante dividir coisas, fazer algo por alguém, acordar mais cedo pra
fazer o café, levar na cama, ajudar a companheira com as tarefas domésticas,
ficar ali na cama conversando antes de dormir e acordar com um beijo, um abraço
quente gostoso antes do dia começar, penso que é melhor viver as coisas do que
sair em busca de outras aventuras que sempre irão terminar em solidão e vazio.
É muito bom quando você tem
alguém ao seu lado que tem afinidades, que goste de livros, filmes, cinema,
café, conversar, que escuta boa música, sabe apreciar coisas boas, que tenha
vontade de viver, sair, viajar, conhecer o mundo e não ficar apenas restrito a
mesma coisa de sempre, o mesmo ambiente, os mesmo gostos, gosto de gente que
tenha curiosidade pela existência, que goste de provar o mundo, e quando isso
acontece, quando você encontra alguém assim, é melhor junto a ela, uma vida a
dois e por ela ser tudo e ela por você ser o que resta.
Gosto de arrumar a casa, tenho
meu lado feminino, gosto do cheiro de perfume pelo ar, gosto de rosas em casa,
as coisas no lugar, mesmo que com meio horas depois tu esteja fora do lugar
outra vez. Gosto de caminhar de mãos dadas, fazer coisas juntos, sair, ir ao
cinema, planejar uma viagem, visitar amigos, ter amigos em comum, receber amigos
em casa, fazer o almoço, servir a mulher amada, lavar os pratos, colocar as
crianças pra dormir, acordar pra brincar com as crianças, trocar a fralda, dá
banho, sair pra passear com os meninos.
Talvez até tivesse condições de
sair por aí vivendo outras coisas antes dessa aventura chamada vida a dois, mas
se antes esse sempre fosse o meu pensamento, hoje, agora, depois de certa
idade, não tenho mais interesse, é muito gasto de energia, passar noites em
claros, virando madrugas para ficar com alguém, não é mais do meu agrado, não tenho
simpatia por isso.
Acho sensível e romântica a ideia
de uma vida a dois, de construir um futuro, de pensar sempre não apenas em mim,
mas em nós, de fazer surpresas, convidar os amigos e amigas para comemorar o
seu aniversário, ter a quem abraçar, pra quem ligar e contar como foi seu dia,
seus problemas, alguém que possa te escutar e alguém a quem tu possas também
ouvir.
Sei que algumas das minhas
relações não foram perfeitas, talvez por falta de maturidade, mas nenhuma delas
poderá reclamar, dizer que nunca ganhou flores, recebeu um poema, foi
surpreendida por mim em algum momento. É um estilo meio romântico de ser, não
sei se isso está em falta no mundo moderno, mas se pudesse eu viveria as mesmas
coisas outra vez agora com mais intensidade e profundidade, mas de forma
simples e sincera.
Rosas roubadas, vinhos e
chocolates, shows e viagens, conversas e risos, companheiros e paixão, sexo e
segredos, abraços e sorrisos, a grande aventura de viver a dois.
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