quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Gente clichê

Gente clichê

Ronaldo Magella 24/09/2015

Muitas vezes tenho a impressão que as pessoas são todas iguais, sem tirar nem por, posso até estar enganado, e espero de fato que assim o seja, mas pela observação percebo que as pessoas imitam umas as outras.

Gente clichê, gente igual, comum demais, preto e branco, sem cor, sem ondulação, sem brilho próprio, sem espinhos, macias e limpas.

As pessoas, os clichês, gostam das mesmas coisas, fazem as mesmas coisas, ninguém tem coragem, com suas exceções, de ser diferente, de mudar, de arriscar, de ir além, de pensar fora da caixa, de viver de forma quadrada esse mundo que já é redondo demais.

Todo mundo quer a mesma coisa, aparecer, se mostrar e mostrar o que faz, vive, como se vivessem buscando a atenção alheia, uma massa de pessoas carentes ostentando a sua própria vida para uma multidão de pessoas desconhecidas e indiferentes.

Querem todos receber curtidas e comentários, estes altamente criativos, tipo, linda, top, arrasa, gata, delícia. Pelas redes sociais as nossas vidas se tornam um reality show, com produção, exibição, organização e dividendos todos nossos, exclusivamente nossos.

Muitas vezes caímos no ridículo, mas nem nos percebemos, apenas queremos ser mais um clichê, estar no meio, fazer parte, ser notado, percebido.

Quero estar mais uma vez engando, mas penso que as pessoas mais interessantes estão na escuridão, silenciosas, não estão exibidas em redes sociais como produtos de supermercado em promoção, se ofertando a preços módicos e irrelevantes.



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