segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Ranking do amor


Gente interessante ganha pontos: muita gente interessada, mas poucas interessantes

Ronaldo Magella

Uma amiga criou um ranking, estabeleceu critérios, definiu regras para conhecer alguém.

Ela me diz, se a pessoa não for interessante, “nem visualizo, fica no vácuo”. Ela completa, tem muita gente interessada, mas pouca gente interessante, a maioria é mais do mesmo.

Segundo ela quem conseguir pontuar na tabela vai avançando etapas.

Segundo seus critérios não precisa ser bonito, forte, algo, tipo padrão, mas, tipo, precisa ser alguém que valha a pena conhecer.

Ela me diz, ganha 10 pontos se o cara tiver iniciativa, puxar conversar, se souber conversar, e se tiver conteúdo, ganha mais 20 pontos.

Se a conversa for boa, engraçada, sem aqueles clichês, sem pedir fotos, nudes, sem perguntar se está namorando, se tem chances, mais 30 pontos.

Ela diz que para cada afinidades, 01 ponto, se o cara gostar de ler, cinema, séries, viajar, música boa, sair pra conversar, se pensar em ter um futuro, gostar de dançar, pronto, 40 pontos.

Se não gostar de futebol, nem passar horas conversando sobre esporte, 50, cinquentinha na tabela. E vamos seguindo. Pontuação vai aumentando.

Se souber pedir desculpas e souber fazer elogios sinceros, 60 pontos, se arranca sorridos, 70 pontos, se propõe coisas interessantes, se souber fazer surpresas, lembrar dasdatas, 80 pontos.

Se for romântico, educado, atencioso, disponível, chegamos na casa dos 100 pontos, e pronto.

Aí pronto, os pontos podem ser trocados, 35 pontos, ela diz, ganha o número do WhatSapp, 40 pontos, um café, 45 pontos, um cinema, 50 pontos, um abraço.

Segundo ela, ninguém passou dos 30 pontos até o momento.

Ela diz que é uma brincadeira, mas uma brincadeira séria, pois tem muita opção no mercado, mas muito produto de péssima qualidade, de marca ruim, sem procedência.

Pergunto se ela num é exagerada ou exigente demais, ela me diz que, pedir que alguém seja um pouco melhor do que os demais não é ser difícil ou radical, apenas uma forma de se proteger dos fakes humanos.

Segunda ela o mercado está cheio, com muitas opções, mas se precisa de um padrão de qualidade, é preciso ter cautela para não se perder diante das ofertas, com preços baixos, oferecidos, mas sem muita consistência de duração.

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