quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Se ela te quer, confie, acredite e ame

Se ela te quer, confie, acredite e ame

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (28/01/2015)

Insegurança atrapalha, medo afasta, ciúme quase transtorno, posse não prende.

Se ela te quer, não há muito a fazer, confie, acredite e ame, goste, não se deixe leva pela sua insegurança, viva o que está em suas mãos, o momento, deixe o futuro para depois, para o futuro, esqueça o passado, deixe o passado lá, onde ele deve ficar e nunca sair.

Só te resta o presente, não troca o abraço pela discussão, não perca o beijo pela raiva, não substitua o carinho pela agressão, não se pense ela não irá cansar, desistir, abusar, que nunca irá te deixar, isso é ilusão.

Mulheres sentem, gostam, se envolvem, se uma mulher se entregar a você, tenha a certeza, ela estará sentido, gostando de você, por mais prática que possa ser uma mulher, objetiva, fria, indiferente, sempre a entrega será algo na qual ela acredita, sente, sempre haverá emoção, prazer, desejo.

Ela não dirá te amo se não amar, não sentirá a sua falta se não estiver com saudade, não irá te entregar a vida, a alma e o corpo se não gostar de você. Mulheres são sempre sinceras com seus próprios sentimentos, emoções e paixões.

Ela poderá até te enganar, mas jamais gostará de enganar a si mesma, ela sabe o que sente, quer. E se ela te disse sim, ela pensou muito antes, ela buscou todas as lógicas e razões para enfim se abrir para você.

É preciso confiar, crer, se ela diz, se ela quer, se está com você, presume-se que ninguém mais importa, interessa, irá atrair a atenção dela.


Não desconfie, estraga a relação, não crie fantasmas, não veja no escuro aquilo que nem no claro se pode ver, não alimente ideias dentro de si, se ela está ao lado, é por que deseja ali está e permanecer, pois do contrário ela já teria ido embora. 

O primeiro ano do amor

O primeiro ano do amor

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (28/01/2015)

Admiro os casais que conseguem completar seu primeiro ano de amor, relação, envolvimento, é o ano mais difícil da relação.

O primeiro ano é o mais chato, porém, o mais o gostoso. É o momento de conhecer, das dúvidas, da insegurança, de investigar o passado, de encontrar afinidades, mas também do encantamento, do descobrimento, da paixão, se o casal rompe o primeiro ano certamente chegará ao segundo, terceiro, quarto ano e seguirão juntos.

Muitos casais não conseguem chegar nem ao terceiro mês de vida, são muitas as cobranças, as diferenças e alguém sempre acaba por desistir. Vão percebendo que não era bem assim, daquele jeito, que alguém mentiu, ou não disse toda a verdade, deixou algo por contar, omitiu histórias e situações.
O primeiro ano de um casal também é o momento da renúncia, de deixar os amigos, as festas e se dedicar a única só pessoa, ficar com ela 24 horas, todos os dias, o mês inteiro. Ficar mais calmo, quieto, pois agora você não é mais sozinho, está com alguém, alguém que quer a sua atenção, o seu carinho, amor, a sua vida, o seu tempo, a sua conversa.

No primeiro ano de namoro os amigos irão reclamar, sentirão sua falta nas peladas, nas rodas de cerveja, nas conversas, mas você está em outra, e eles irão entender, deixarão de enviar convites, quando alguém perguntar por você, eles dirão, está na casa da namorada, só vive lá agora.

Não é fácil completar um ano de namoro, é o primeiro capítulo de uma história, do livro, é quando temos que decidir entre ir adiante com a leitura ou deixá-la para lá por não ser tão interessante assim, se a gente segue, avança, certamente concluiremos o livro, pois o enredo no envolveu, nos tomou e agora queremos saber o final.

Completar o ano de namoro juntos é querer saber o final, apostar as fichas e arriscar, deitar de noite e pensar, quero ir mais um pouco, é aqui que quero ficar, vai dá certo, só precisamos melhorar aqui e ali, construir o nosso castelo de sonhos com base na realidade e vivermos a nossa vida como a desejamos e queremos.


Parabéns aos que completam um ano juntos, em seu primeiro aniversário de amor, de uma vida, de uma relação, de uma eternidade. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Queria ser o melhor pra você

Queria ser o melhor pra você

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (27/01/2015)

Queria ser o melhor pra você, aquele que te arranca sorrisos e faz rir, aquele que conseguiu encantar a sua alma e prender o seu coração, colheu a melhor rosa, fez a melhor surpresa, cantou a melhor a música, esteve ao seu lado no momento certo, na hora exata, segurou sua mão, acolheu teu silêncio.

 Não queria ser único, mas eterno, ser o seu melhor, o teu melhor beijo, o seu melhor sonho, a tua única ilusão de amor, queria ser aquele pra quem você sempre escolhe voltar, melhor seria você nunca ir de mim, ficar aqui, ao meu lado, pra sempre. Queria ser o seu melhor desejo, a tua maior vontade, a tua melhor saudade, a tua mais intensa insanidade, a sua paixão voraz, ser o teu primeiro pensamento no dia e a tua última palavra na noite, ser aquele que te basta, de completa e te torna suficiente, ser a pessoa da sua vida e vida da sua pessoa.

Não queria muito, apenas ser o melhor pra você, a sua melhor canção, o teu refrão mais gostoso, o teu gosto mais picante, a tua chamada no seu celular, a sua mensagem no WhatSapp, o teu email mais esperado, ser teu, todo, inteiro, em todas as partes e direções, ser teu melhor passado, o teu único presente e o teu mais promissor futuro, está com você em noites de luar, em dias de sol, te proteger da chuva, contar estrelas ao teu lado, procurar desenhos em nuvens, deitar ao teu lado, esperar você pegar no sono e te beijar o rosto, te cobrir, te abraçar e te proteger. Ser a tua vida e ao teu lado seguir, te acordar sorrindo com um beijo, abraçar teu corpo quente e te dizer te amo com gosto de café e pasta de hortelã.

Conversar horas e dias de nós, ser o teu plano, a sua melhor esperança, a tua única certeza, a sua única decisão, queria ser o seu ponto final, o seu fim da linha, o seu início, meio e fim, ser a tua estrada e o seu destino, está na tua paisagem e ao teu lado nessa viagem chamada vida. Não quero muito, apenas ser aquele que te amou pela primeira vez, teu amor de corpo e alma, aquele que te descobriu os segredos e te ensinou as fantasias, te desabrochou para a vida e te fechou para o mundo.
Não quero muito, apenas ser a tua melhor palavra, o teu melhor carinho, o teu mais importante afeto, o teu mais gostoso prazer, aquele te arrancou suspiros, lágrimas e silêncios, ser o teu melhor e maior segredo, a tua mais nobre afeição e o teu mais eterno amor, ser pra sempre o teu melhor, o melhor do melhor de todos os melhores.


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Não temos seguranças em nossas relações

Não temos seguranças em nossas relações

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (23/01/2015)

Não acredito que segurança seja não sentir medo, ciúmes, não estamos alheios a tais sentimentos, mas hoje entendo que maturidade é não deixar que tais situações atrapalhem a relação.

Gosto de alguém, ela é bonita, inteligente, interessante, é natural que tenha medo de perdê-la, me sinta inseguro, tenha e sinta ciúmes, mas há uma distância enorme entre sentir, transparecer e materializar tais emoções.

O inseguro, o ciumento cria monstros, antecipa situações, inventa pra si mesmo histórias, personagens, sabota a própria relação para confirmar as suas teses e ideias, para ele não importa a realidade, mas aquilo que ele acha que está acontecendo, ele vivencia o que sente e não o que é verdadeiro.

Não temos segurança alguma em nossas relações, as pessoas mudam, mudamos, podemos deixar de gostar, as relações passam por um momento de tédio, muitas morrem, outras conseguem sobreviver, a vida é cheia de mudanças, não temos como prevê.

É preciso sempre ter um olhar distante, olhar de fora, por fora e pensar naquilo que se está vivendo, sentindo, na história construída e pensar, pensar muito no que se pode e deve-se fazer.

Muitas vezes trocamos o navio por uma canoa, o avião por uma folha, fazemos escolhas nem sempre boas e nos amarguramos, mas não temos coragem para admitir o nosso erro e voltar atrás, pedi perdão e recomeçar, claro, se nos aceitarem.

A distância atrapalha, a beleza do outro, o outro ser mais inteligente, sim, talvez, ou não, depende de como cada um de nós suporta tais situação.

A realidade nunca é como imaginamos, pensamos, sonhamos, muitas vezes pode ser pior, outras pode ser bem melhor, não nos resta muita coisa a fazer, apenas viver o presente e esperar pelo futuro, sabendo que o amanhã é consequência do hoje.

Aprendi que precisamos aceitar as situações, esperar o momento seguinte, ter paciência, não querer antecipar a próxima jogada ou adivinhar os sentimentos dos outros.

Se a pessoa vai mudar, se não vai mudar, se a relação vai acabar, se não vai, se ela ou ele está distante, diferente, frio, indiferente, se sentimos que algo não vai bem, como gostamos, o que podemos fazer?

Pessoas maduras conversam, se entendem, imaturas, como crianças, brigam, dizem coisas, ferem, causam mágoas, feridas, trancam portas, fecham o caminho de volta.


Não há fórmula, segredo, mágica, remédio, é viver o que se está vivendo, confiar, acreditar e deixar uma reserva para o fim ou para o caminho que é longo e nem sempre cheio de flores e rosas. 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Sem paciência para uma nova relação

Sem paciência para uma nova relação

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (22/01/2015)

Um amigo terminou sua relação há pouco tempo e me disse está sem paciência para uma nova paixão, me conta que não está com vontade de passar por aquele ritual de um início de relacionamento, aquele clichê sem fim de ter que conhecer a outra pessoa, perguntar seus hábitos, gostos, preferências, que, diga-se, durante algum tempo é bom, faz parte, mas depois se torna chato e maçante.

Talvez tenha sido esse um dos motivos que me fez deixar um pouco de lado a questão sentimental, essa busca incessante e cansativa por alguém, que nos faz muitas vezes ficar paranoicos e confusos. Tenho amigos que falam sobre mulheres 24 horas, só pensam no assunto, usam toda a energia necessária para conquistar alguém, ficar com alguém, ter alguém.

Confesso que virei o ano sem essa vontade, meio que cansei de buscar e perseguir um amor, alguém, ando cansado das conversas, das pessoas, resolvi priorizar outras coisas, estudo, leitura, meus textos, meus livros, focar em outro universo, tema, rumo.

Nada contra a quem está ainda na procura, na cata, na linha de frente, só acho que encontrei um lugar dentro de mim que me completa e me basta, deve ser isso o que as pessoas chamam de amor próprio.

A gente não gosta de admitir, mas somos carentes, essa mania de querer ter alguém, conquistar uma pessoa, algo meio que pra preencher o nosso vazio existencial, como se outra pessoa fosse nos completar, e que depois de algum tempo a gente percebe que não é bem assim, que somos sozinhos, solitários e que temos que nos bastar e sermos autossuficientes para seguir em frente na vida e pela vida. 

Gosto de ser de alguém

Gosto de ser de alguém

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (22/01/2015)

Uma amiga me disse, gosto de ser de alguém, pertencer a alguém, ter uma história, fazer planos, sonhar, construir um futuro, enquanto as outras pessoas, meninas, estão vivendo sensações, ficando com um ou outro, estou com alguém que me preenche, me ajuda a descobrir coisas, me fascina, me encanta, alegra, cativa, torna minha existência viva, colorida.

O que a minha amiga me conta talvez seja um desejo que muitos de nós acalentamos dentro de nós, uma vontade de vivermos a nossa história, termos nossas lembranças e sorrirmos de saudades das coisas boas que vivemos um dia com alguém ao nosso lado.

Mudar de amor, paixão, pessoas nada mais é do que uma busca que realizamos pelo encontro com a companhia perfeita.

Não acredito que as pessoas que vivem mudando gostem do ritmo, apenas penso que elas não se encontraram, não estão satisfeitas com o que estão vivendo e por isso partem em busca de outra situação, caminho, destino.

Queremos todos a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida, como cantou Cazuza, queremos um lago, não um oceano de ondas e ventos fortes.

Paixão é bom, mas passa e nos arrebata, amor é gostoso, calmo, sereno e nos deixa em paz.
Ser de alguém que amamos e nos quer bem é uma sensação gostosa, elimina da nossa vida uma necessidade, de buscar por alguém, e podemos nos preocupar com outras coisas.

Se já tenho amor, algo a menos para me preocupar, agora posso focar na profissão, nos estudos, na saúde.

Como disse o escritor Fabrício Carpinejar, liberdade é está preso a quem se ama, que bom é ser de alguém, ter alguém, amar e amar-se por alguém, o resto a gente desenrola

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Tenho pressa de você

Tenho pressa de você

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (20/01/2015)


Não demore, não conte as horas, não se atrase, não coma a mais, não escolha a melhor roupa, não se arrume muito, não meça os paços, não conte os dias, não olhe para trás, não se empalhe em conversas, sorria pouco, guarde o melhor sorriso pra mim, não tenha sede, não pense muito, venha, apenas venha, tenho pressa de você, não lembre do que esqueceu, não faça planos, não tenha sonhos, não sonhe acordada, não recorde o passado, não tenha medo do futuro, apenas viva o presente, sou eu, somos nós, tenho pressa de você, não analise os fatos, não enumere os erros, classifique as qualidades, não tenho pressa de você, venha, aqui, agora, seu lugar é do meu lado, aqui, para sempre, sempre, não escreva muito, não elabora as frases, não marque o tempo, não regule o momento, não perca tempo com mais nada, seu tempo é meu, o tempo é nosso, não brigue por nada, não tenha mais nada a fazer além de mim, não desista de mim, não me recupere, não vá pra depois voltar, não volte se for pra ir, não percamos tempo, só o tempo para nós, de nós, por nós, nem vou escrever muito, pra você não ler, não perder tempo, quero o tempo apenas para vivermos juntos, sermos juntos, estamos juntos, venha, tenho pressa de você, como deve ser o amor, a paixão, urgente, sedento, faminto, louco por tudo que venha e tenha você, por inteiro, por completo, venha, chegue, tenho pressa de você. 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Conteúdo e embalagem: beleza x essência

Conteúdo e embalagem: beleza x essência

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (19/01/2015)

Deveríamos ser cegos, eis a metáfora do escritor José Saramago em seu Ensaio Sobre a Cegueira.
Se não tivéssemos olhos, visão, se não pudéssemos ver, sentiríamos mais, teríamos mais atenção, a visão nos embriaga, nos confunde, atordoa, nos enlouquece, nos decepciona.

Comemos com os olhos, mas provamos e sentimos o gosto apenas no contato, na experiência, com a vivência.

A gente se apaixona pela beleza de alguém, mas terá que viver com o seu conteúdo, interior, personalidade.

A beleza não reclama, não fede, nem cheira, apenas se mostra, gente bonita nos atrai de longe, mas de perto muitas vezes nos causa asco, nos repele, enjoa, nos faz tomar abuso.

A gente sabe, mas teima e insiste em fazer de conta, estamos cansados de saber que o conteúdo sempre é mais importante que a embalagem, mas compramos e levamos pra casa pelo que estamos a ver, olhar, para depois sentir. Só depois sentir.

E é esse sentir que nos fará ficar, querer ou jogar fora.

Conhece-se muita gente bonita, mas que não vale a pena ter por perto. Conhecemos a sua beleza, admiramos, mas não nos apaixonamos pelo que há dentro.

Pode até ser a beleza que nos atrairá, mas será sempre o conteúdo que nos prenderá.

A beleza tem prazo, limite, validade, a interior melhora com o tempo, sempre se pode amadurecer, crescer, evoluir.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Não cabe três numa relação

Não cabe três numa relação

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (08/01/2015)

Relação é a dois, amor, como cantou Cazuza, amar, só se for a dois, não cabe mais ninguém.

Esqueça os ex-amores, esqueça o paquera de ontem, o flerte da semana passada, o caso antigo, o amor da infância, somos nós e mais ninguém, apenas a gente e pronto, caso encerrado.

Não compare, diga que antes era assim, que o outro era melhor, com a outra era mais gostoso, não mencione nem os seus santos nomes em vão.

Dois, mais ninguém, portas e janelas fechadas, não há mais espaço, lugar, tempo, cabimento pra mais ninguém. Ninguém suporta está ouvindo o nome de outro, outra, sendo igualado, medido, analisado em parelha com outra pessoa.

Se alguém é melhor, ótimo, faz melhor, beleza, então, deveria está com ele ou ela, se está comigo, aceite o que tenho e posso oferecer, é tudo que tenho, ninguém suporta ser criticado e julgado em relação a outra pessoa.

Não se precisa de mais ninguém, dois é o bastante, já preenche a cota, excede o saldo, forma o quórum necessário, forma a partida, cobre os buracos, mais alguém é transbordar o copo, é ir além do limite, é desperdício.

Já temos, dois, coisas demais a serem resolvidas e suportadas, e ter que ainda dá-se conta de outro, que não existe na relação, mas sua alma penada paira sobre os vivos, como se quisesse sempre atrapalhar a vida que ficou e segue.

Que outro, outra, não escape pelos lábios, que fique no pensamento, se menos, melhor ainda, mas que não se faça presente, atuante, que não venha a nos atrapalhar e nos deixe em paz, ou que pelo menos, um de nós o deixe em paz.



terça-feira, 6 de janeiro de 2015

“A sorte de um amor com sabor de fruta mordida”

“A sorte de um amor com sabor de fruta mordida”

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (06/01/2015)

Ana Carolina cantou, “não viver como alguém que sempre espera um novo amor”, há muitas coisas para fazermos, e como diz Paulo Leminski, distraído venceremos.

Na ânsia por encontrar um amor muitas vezes, como diz o ditado, quem tem pressa come cru, a gente está sujeito a relações desequilibradas, confusas e desgastantes.

Fruto da carência, tem gente que não consegue viver se não estiver flertando com alguém, conhecendo alguém, se encantando, puxando conversa, sempre é boa e maravilhosa a fase do encantamento, mas ela passa e depois dela vem o tédio, o que faz com que o círculo que abra outra vez, se deixa alguém e se vá em busca de outra pessoa. São pessoas inquietas, carentes, inseguras e ansiosas, não ficam satisfeitas como a relação que estão vivendo, querem sempre aquilo que não tem e não sabem aproveita o que podem viver com alguém, são ávidas por novidades.

Pessoas maduras sabem que a fazem da paixão passa, acaba aquela necessidade de está se mostrando ao outro, conquistando, demonstrando as qualidades, isso cansa, perde o sabor.

Relação gostosa é como lago sereno, sem vento, apenas uma brisa suava em momentos de calmaria, um vento leve que nos faz sentir uma sensação gostosa de como é bom está ali vivendo aquele momento.


A maturidade talvez esteja na canção de Cazuza, um amor com sabor de fruta mordida, com gosto certo, sem riscos, sem novidade, saber aproveitar e viver aquilo que se tem e pode, mudar de parceiros, ter várias relações, é ter muitos capítulos, mas nenhuma história pra contar, o amor está em viver na companhia de alguém e não despertar a atenção de muitos, atenção que dá e passa, restando sempre um novo vazio a ser preenchido e numa nova relação a ser mastigada e engolida sem sentir o sabor. 

sábado, 3 de janeiro de 2015

Gostar ou não gostar?

Gostar ou não gostar?

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (03/01/2015)

Conheço uma amiga que toda semana faz votos de amor eterno para um cara diferente, é bonita, mas é muito carente, como cantou Renato Russo, é um animal sentimental, se apega fácil a quem lhe desperta o desejo, e como tal, sofre toda semana.

Um amigo é o oposto, me diz sempre que não quer ou se interessa por alguém, prefere futebol, comer e discutir política, mas claro, aqui e ali me diz está sofrendo por alguém que nunca me diz ser quem é, mas é cena rara, realmente ele pouco se interessa por uma companheira no momento.

Não sei quem dos dois tem razão, gosta da minha amiga, se parece comigo, sou carente, confesso, me apego fácil e faço planos de amor eterno, vivo minhas paixões com intensidade, com sentimento, mas adoro o jeito do meu amigo ser, parece que ele se basta, está sempre bem consigo mesmo, não sofre por ninguém, menos ainda se descontrola por paixões loucas e arrebatadoras.

As relações são frágeis, a solidão nos incomoda muitas vezes, não há segurança, algo concreto que possa nos assegurar que como vivemos seja o ideal, o melhor.

Chegará o dia em que meu amigo irá precisa encontrar alguém, seus amigos irão casar, viver amores, paixões e talvez ele encontre também essa necessidade, se sentirá sozinho, minha amiga irá amadurecer e deixará de ser tão frágil, terá mais segurança e irá se fortalecer e aí talvez consiga prender alguém sem sufocar.

Não sou adepto da solidão, mas sei que precisamos ser suficientes, não podemos depender demais dos outros, sofremos com isso. Sei também que todos nós precisamos de alguém para dividir as nossas vidas, dores e alegrias, é preciso encontrar sempre a medida certa, nem tão sozinhos, nem tão carentes.

O solitário talvez seja egoísta demais e o carente talvez sufoque um pouco, o solitário talvez seja indiferente, o carente talvez cobra além da conta, nenhum, nenhum outro. Suavidade, eis do que precisamos, mansidão, nem ir, nem ficar, caminhar junto, juntos, com vontade, sem depender, sem se negar, sem cobrar, sem sufocar, sem indiferença, sem egoísmo.


Sim, é possível gostar de alguém, sem deixar de se gostar, é possível se apaixonar, ter alguém sem sofrer tanto, sem mendigar amor, carinho, afeto, sem posse, em paz. Sim. 

Respeite o não de uma mulher

Respeite o não de uma mulher

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (03/01/2015)

Somos reféns das mulheres. Os homens não gostam de admitir isso, mas eles sabem, não haverá relação se a mulher não quiser, desejar, não haverá dança se ela não aceitar, não haverá jantar se ela não disser sim.

São as mulheres quem decidem o jogo, apitam a partida, são elas que impõem as regras, estabelecem os limites, controlam a situação, deixam acontecem, permitem fluir, fazem avançar.

Quando uma mulher diz não, não há muito o que se fazer, é preciso respeitar, mesmo sabendo que muitas vezes elas fecham a porta, deixando a janela aberta para que você pule e a surpreenda, mas um não, é sempre um não.

Não adianta ameaças, tentativa de suicídio, espernear, brigar, ter raiva, ódio ou imaturidades descontroladas, crises de ciúmes e possessividade abusiva, ninguém gosta de gente carente, sofredora e desequilibrada, é preciso respeitar.

Aceite um não de uma mulher como o julgamento de um juiz, como seus agravantes e atenuantes, serão os agravantes que a farão nunca mais voltar e manter a decisão e são os atenuantes que a farão sentir a sua falta e encontrar o caminho de volta.

Viva, tenha uma relação que a faça sentir saudade, desejo e vontade, deixe marcas, promova o romantismo e o afeto, o carinho e o prazer, o humor e a alegria, se a relação aconteceu assim, então, permita que ela tenha um tempo, que sinta falta, que haja silêncio em seu coração e ela ouça a sua voz.

No mais sossegue, se cuide, não há como ir contra uma decisão de uma mulher, não há textos, flores, gesto, ação, loucura ou força que a faça voltar, só a saudade e a vontade de viver tudo aquilo que um dia foi bom.



sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Meu coração não se fecha

Meu coração não se fecha

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (02/01/2015)

Não me entrego sem lugar, o passado não me tornará derrotado, se ontem alguém me feriu e hoje choro, amanhã estarei pronto para sorrir.

Não me prendo ao que não deu certo, abro meu coração e canto novas esperanças, não sangro até a morte, me curo, me cuido e me renovo, não tenho medo de tentar outra vez, de viver tudo como se fosse a primeira vez.

Só tem medo quem não sabe se reinventar, no amor, para o amor, um novo amor sou sempre novo, estou em minha mais nova edição, revisada e ampliada, corrigida e amadurecida.

Não carrego a culpa dos meus fracassos para a minha nova vida, não vejo o ontem se repetindo no agora e no amanhã, cada pessoa é uma nova história, outro momento, uma oportunidade, uma vida que precisa ser vivida como se fosse única e especial.

Se foi algo que aprendi foi que, amar se aprende amando, não me desvio da paixão, gostar, só com intensidade, querer, só com vontade, ficar, só se for com sentimento de eternidade, viver, como se nada mais existisse.

Jamais poderão me culpar de omissão, no amor prefiro a dor da separação do que a solidão, antes quero me perder, sofrer do que nunca ter vivido, antes a saudade do que o vazio do desejo de algo que nunca aconteceu.

Meu coração não se fecha, muda de fechadura, quem saiu não poderá voltar, mas quem está fora com a chave certa poderá entrar e ficar, meu coração é casa, se reforma, pinta, se constrói, se amplia, se melhora, só precisa de trabalho e tempo.


Separação é sempre derrota

Separação é sempre derrota

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (02/01/2015)

Não importa se não há mais amor, se o casal já não se entende, se algum dos dois está apaixonado por outra pessoa, separar sempre irá doer em todos, nos dois.

Na separação não há um vencedor, os dois são derrotados, a dor e a ferida, mágoa e ressentimentos, estarão presentes, e só o tempo para fechar as feridas e curar as dores.

Separar é atestar o fracasso de uma relação, ninguém pode ser culpado, se alguém foi o motivo, o outro não conseguiu perdoar, os dois perdem, na separação os dois chegam ao mesmo destino ao mesmo tempo, sofrerão juntos.

Sofre quem perde, sofre quem perdeu, dói em quem vai, dói em quem vai ficar, ninguém conta vantagem, tem lucro, todo mundo perde.

Não existe volta na separação, nunca será como antes, um andará desconfiado, o outro mudará, num não será mais o mesmo, outro não irá se entregar mais da mesma forma como antes, quando se separar, jamais se volta a unir tudo como um dia foi, peças serão esquecidas, o encaixe não se dará mais da mesma forma.


Não existe separação pela metade, em pedaços, curta, toda separação é total, é um indício da imperfeição da vida e que nunca acreditamos até perdemos quem amamos.