segunda-feira, 11 de maio de 2015

Enquanto um chora, outro sorri

Enquanto um chora, outro sorri

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (11/05/2015)

Já sofri muito por “amor” pra enfim entender que sofrimento, nenhum, trará ninguém de volta.

Lágrimas não convencem ninguém, dramas menos ainda, nem tentativas de suicídio. Or, me poupem.

Quando a relação não está boa, o melhor é sair fora.

Sofrer, sim, se pode, em silêncio, gostar, claro, se em segredo.

O barulho dos nossos sentimentos não irá despertar ninguém que não sente mais nada por nós.

Não dá pra culpar alguém que deixou de gostar da gente, que perdeu o encanto, acontece, faz parte, é da vida, nem podemos nos magoar por alguém se apaixonar por outra pessoa, uma vez que o mesmo poderá acontecer conosco, somos suscetíveis também.

Sempre haverá uma dualidade, enquanto um chorar, outro vai sorrir.

Quem não está mais feliz com a relação partirá, sem dó, pena ou medo, e ao que ficar, apenas lhe restará aceitar.

Aprendi que só o tempo para consertar as coisas.

Se alguém voltar, será por motivos próprios, pela saudade, por gostar, mas só irá perceber mais tarde, na falta, na ausência.

A nossa implicância em “trazer de volta o ente amado”, como nesses anúncios que encontramos em postes pelas ruas, só irá afastá-lo ainda mais.

Não se obriga ninguém a gostar, amar, o desejo não pode ser uma obrigação.

Nossa gritaria não trará ninguém de volta, nem sensibilizará quem já tomou dentro de si a decisão de ir.

Já sofri um pouco pra entender que lágrimas secam, o tempo passa, a vida segue, talvez o amor não termine, fique ali, quieto, guardado, mas sem nos ferir tanto quanto um dia nos fez sofrer.




segunda-feira, 4 de maio de 2015

Pessoas que nos fazem falta

Pessoas que nos fazem falta
Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (04/05/2015)
Não sei, como diz a máxima, se, só valorizamos quando perdemos, mas penso que aí existe um pouco de imaturidade da nossa parte em não reconhecer o que temos, porém, acredito que é na falta, na ausência que temos a chance e a oportunidade de pesar aquilo que havia até bem pouco tempo.
Isso diz muito do nosso desejo, a gente só deseja aquilo que não tem, possui, e diz muito ainda sobre a nossa personalidade e estágio evolutivo. Infantil.
Será mesmo que precisamos sentir falta para saber que gostamos? Não, mas acontece demais.
A convivência com alguém, a amizade, o contato, a intimidade, e por mais que a gente na hora, ali no momento nem pense em paixão, amor, desejo, vontade, mas é só não ter mais o que tínhamos e para percebemos o quanto nos faz falta. E talvez seja apenas a companhia.
Aconteceu comigo, acontece com muita gente. A pessoa vai embora e nos deixa uma lacuna, um grito preso, provoca saudade e uma vontade de querer ficar pra sempre com ela, ao lado dela e nunca mais a deixá-la ir, partir.
Sou dos que acreditam que o amor nasce da amizade, da admiração, do contato, da conversa, dos abraços, da convivência, do afeto, e neste caso não é perder para saber valorizar, é não perceber o que sentíamos naquele momento.
Acho que companhias, boas, inestimáveis, nos fazem bem, melhoram a nossa vida, o nosso humor, pessoas interessantes, com as quais podemos conversar e compartilhar nossos interesses e preferências, são pessoas assim que prefiro para viver ao meu lado, talvez até sem intenção, desde que seja gostosa a convivência.