quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Quando a gente não ama

Quando a gente não ama
29/08/2013
Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada.

Quando a gente não ama não precisa de motivo, a própria falta de amor já nos justifica. Quando a gente não ama qualquer espirro é motivo pra discutir, esquecer a chave gera briga, olhar de lado causa confusão, chegar cedo gera medo, chegar atrasado causa alvoroço, errar nos traumatiza, sorrir é difícil, estar junto não é bom, viver dói.

Quando a gente não ama flores não nos seduzem, sorrisos não nos despertam, palavras não nos encantam, o caminhar é sempre lento e desprovido de ânimo, a energia não se reabastece, falta sempre o impulso, a emoção, o segredo, o pensar constante, a alegria perene pelo outro.

Quando a gente não ama o encontro não gera abraço, o olhar não penetra, o cheiro não embriaga, a paz não se consuma, a felicidade não se instala, a vida não tem ritmo, os dias são obesos, sempre inventamos fugas, desculpas, esquecimentos para a nossa falta de amor.

Quando a gente não ama pouco importa as lágrimas, o choro, o perdão, o remorso, a dor, pouco importa o esforço, o arrependimento, não nos interessa ficar, apenas ir, não temos interesse em perdoar, esquecer, reconsiderar, apenas nos apoiamos na nossa falta de amor para tomarmos as nossas decisões e seguirmos sem nos preocupar com o outro.

Quando a gente não ama de nada nos serve os sorrisos, os bons momentos, as coisas boas, o passado, nos separamos de tudo, esquecemos e pronto, seguimos, não há oportunidade para o sorriso, para o abraço, para o beijo, resta apenas o silêncio, a distância, a ausência, a dor de outro, pois não sentimos nada, nem dor, nem amor, apenas não amamos, não queremos mais e pronto, foi o que decidimos e será o melhor pra nós, nunca jamais para o outro, ele que procure esquecer, que vá em frente como iremos fazer, cada um com a sua dor.

Quando a gente não ama não há vez para uma nova chance, não sobra tempo ou espaço para as lamentações, não pensamos em sentimentos, em doação, em mudanças, não acreditamos em esperança, em ser diferente, não acreditamos, não queremos, não aceitamos, não pensamos, apenas não amamos e isso nos bastar para não amarmos e pronto.

Quando a gente não ama não consegue sentir o outro, sua dor, seu amor por nós, seus sentimentos, seus afetos não nos atinge, seu cuidado sempre é pouco, sua atenção não é o bastante, suas palavras carecem de sentido, ficamos longe, por fora, ao redor, sem ir dentro, na essência, ficamos pela superfície, deixamos que o outro passe, vá na frente, sua companhia não nos marca, sua marca não deixa saudade.

Quando a gente não ama não há lembrança, a saudade é pouca, o querer pequeno, a vontade passa logo, o desejo não dura, não há surpresas, não há mistério, tudo é simples, há tédio, preguiça, reclamação, quando a gente não ama não precisa mesmo haver nada, a falta de amor já nos explica tudo e diz o que somos.


Sou feio, mas sou gente

Sou feio, mas sou gente
Ronaldo Magella 

Ser feio tem as suas vantagens, a feiúra só aumenta com o passar do tempo. Ser feio significa dizer que realmente sim as pessoas irão gostar de você pelo que você é e não pelo que aparente ser.

Enquanto o bonito malha para manter a forma e conservar a beleza, o feio estuda, ler, aprender, ele só pode aumentar a sua inteligência e seus atributos intelectuais, ora, feiúra não tem cura, tem conseqüências, e a conseqüência é ficar sozinho.

Segundo dizem, isto deve ser oficial, que as pesquisas apontam que as mulheres preferem um inteligente feio pobre a um rico bonito burro e um burro bonito pobre. Simples, o rico bonito burro com o tempo poderá ser um pobre feio burro, e, um burro bonito pobre, este perderá até a beleza, enquanto que o inteligente feio pobre, pode até ficar e ser feio, mas poderá tornar-se rico. A lógica da vida é fogo mesmo.

O bonito tem medo de ficar feio, o feio tem a esperança de um dia ficar bonito. E tome vantagem. O feio não fica na dúvida, ele tem certeza, sim, ninguém está paquerando com você, cai na real, você é feio cara, logo, sem neuras.

O feio está livre e isento de muitos sentimentos baixos e ordinários, como inveja, ciúme, roubo, sim, ninguém vai roubar a feiúra de ninguém, nem copiar seus traços desajeitados. Em geral os pais e as mães gostam mais dos feios, é um sentimento de culpa por ter gerado um ser tão desprovido de dons estéticos e sem nenhuma imagem acalentadora, logo, as atenções estão a seu favor. Quanto privilégio.

É, nisso, no quesito atenção, bonitos e feios estão em empate, tanto a beleza quanto a feiúra causam espanto e chamam a atenção. A diferença é, beleza atraí, feira expele. Ninguém deixa de ser feio, feiúra não tem fim, mas é comum ouvirmos, nossa, fulano está feio, acabado.

A beleza talvez seja uma ilusão, enquanto a feiúra seja uma realidade. Às vezes chegam ao cúmulo e a bizarrice de dizer, não há ninguém feio, é mentira, pura mentira e quem é feio sabe disso. Um gordo, pode ficar magro; um desajeitado, pode se ajeitar; um despenteado, penteia-se; mas quem é feio, é feio e não tem remendo ou remédio.

A feiúra é feito escova de dente, ninguém empresta e ninguém quer, cada um tem a sua, não pode ser diferente. Mas se o cara é feio e é feliz, pronto, ele num precisa de mais, ele já tem tudo.


Só não entendo uma coisa, se o amor é cego, como as mulheres conseguem perceber a feiúra? 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Homens que cuidam

Homens que cuidam
Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada.

Percebo e tenho a sensação que os homens estão mudando, agora estão mais preocupados em cuidar, em servir, num sei se isso é uma tendência, uma espécie nova que está surgindo ou se estou no paraíso das mulheres e ainda não sei, mas pelo que posso observar, os homens agora são outros, mais sensíveis, afetuosos e atenciosos.

Afirmou isso vendo os meus amigos homens e suas companheiras, já não existe mais aquele modelo de homem que fica sentado no sofá pedindo para a companheira trazer uma cerveja ou que leva os amigos no final de semana para que a esposa possa cozinhar pra eles enquanto eles jogam cartas ou assistem ao futebol.
Pelo menos meus amigos são agora homens que cuidam, e sentem nisso um prazer indescritível, querem servir, querem estar presente, se preocupam com a companheira, namorada, noiva, esposa, querem ser protagonistas da relação, perguntam, se oferecem, buscam, estão sempre a frente, tentando fazer a outra pessoa feliz, e se sentem bem com isso.

Talvez seja um novo modelo de macho, que acorda cedo para fazer o café, muitas vezes prepara o jantar, colocar o lixo pra fora, planeja viagens, sabe até escolher roupas para a mulher, chega em casa com flores, vai buscar água para a mulher, vive coisas pequenas, mas que dentro de uma relação se tornam grande, imensas e significativas.

Não sei se as mulheres estão percebendo essas mudanças, elas não são impostas, me parece que são naturais, acontecem, fazem parte do cotidiano do homem moderno, dos homens que cuidam, eles são mais simples, afetuosos, calmos, tranquilos, abrem a porta, levam roupas, cuidam das crianças, arruam a casa, estão mais preocupados com a companheira, com suas necessidades, agora mais juntos, presentes, são companheiros, amigos, parceiros, pais, filhos, amantes.

Não vejo nisso uma revolução, mas algo natural, um desejo, uma vontade, um jeito de servir, de demonstrar o quanto gosta, de realizar algo por alguém, melhor do que falar eu te amo, é agir, mostrar, deixar acontecer através de atos, ações. Não acredito que isso seja uma espécie rara, penso que seja uma tendência, claro, tais homens, pelo menos os que conhecem, estão dento de um perfil social e cultural, são conscientes das mudanças da sociedade e entendem que o homem macho do passado não existe mais.


A vida, o mundo, a sociedade está muito complexa, hoje queremos alguém para dividir uma vida, compartilhar um mundo, seguir juntos apesar dos pesares, e esses novos homens compreendem isso, estão interessados em cuidar e não apenas serem cuidados, isso é passado, e claro, estou incluso nessa parcela, espécie do mundo moderno. 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Alguém pra dividir as coisas, compartilhar a vida

Alguém pra dividir as coisas, compartilhar a vida

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada

A Mallu Magalhães tem uma música que diz, “eu sei que o tempo ainda difícil e a vida tropeçando, mas se a gente vai juntinho, vai bem”, talvez seja apenas isso que desejamos e queremos, ir juntinho para irmos bem, ter alguém para dividir as coisas, os tempos difíceis, alguém que nos erga na hora dos tropeços da vida, alguém ir juntinho, pra ir bem ao nosso lado, apenas ali.

A modernidade nos permitiu escolher, variar, fazer nossas opções, mas nos imprimiu também a solidão, assim como podemos escolher, podemos ser escolhidos, assim como podemos pular fora, alguém pode do mesmo jeito nos deixar a ver navios, estamos dos dois lados do rio, da moeda, somos sujeitos e estamos assujeitados, fazemos sofrer e sofremos da mesma forma.
Outro dia conversa com algumas amigas e elas estavam a reclamar da solidão, não aquela atroz, mas aquela que diz que não há muitas opções, que falta alguma coisa a qual nos agarrar, segurar para enfrentarmos. Chegamos num limite, não queremos mais apenas nos divertir, brincar, arriscar, queremos algo sério, a festa já passou, estamos agora no meio dia do dia seguinte e queremos alguém pra conversar, rir, chorar, caminhar, sentir, sonhar.

As meninas diziam que estavam a esperar, com tanta coisa ruim por aí, não resta muita coisa, o jeito é sentar e esperar, ir vivendo outras coisas, se preocupando com a vida, com o trabalho, os filhos, e ir postergando os sonhos de amor que deverão chegar cedo ou tarde, o que elas queriam dizer era, não estamos com a menor vontade de atirar a esmo pra ver o que iremos matar, já morremos demais assim, queremos viver de forma segura e firme, sem dúvida ou medo, queremos tranquilidade e segurança, paz e alegria, essa a única perfeição da vida.

As meninas querem gente, um ser humano, alguém maduro, não querem mais discutir, querem apenas dividir seus momentos, compartilhar a vida, seguir de mãos dadas, rir junto, amar em companhia, a dois, não querem ensinar, nem ser ensinadas, querem compreensão, afeto, cuidado, carinho, e claro, querem fazer a mesma coisa por alguém, querem sentir a vida, querem pulsar de prazer, amor, mas não estão nem um pouco interessadas em perder tempo.

No fundo, agora, em verdade, resumo, queremos dividir as coisas, queremos companhia, um pouco de paixão, um pedaço de amor, carinhos e afetos, queremos rir e queremos fazer rir, queremos dividir, tudo, nossa vida, sonhos, nossos segredos, chega de sexo, aventura, queremos o outro com tudo o que ele tiver para nos oferecer, não queremos transar, queremos o que vem depois, o abraço, o beijo, a alegria, os segredos, as revelações, o afeto, o carinho, o momento, queremos alguém a quem possamos chamar de vida, apenas isso, queremos vida.






segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Guardo o que resta de mim para um dia qualquer...

Guardo o que resta de mim para um dia qualquer...
Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada

Meu crime, gostar demais, meu pecado, um sentimento intenso, minha condenação, a solidão, meu patrimônio, um coração em pedaços, minha sentença, as saudades e lembranças de um passado que irá sempre me acompanhar, minha culpa, o que resta de mim a me seguir, em vão, meu futuro, encaixotar tudo o que ainda me tenho, é meu, está em mim, os pedaços, os poucos, as migalhas, tudo dentro de uma garrafa para que eu possa um dia beber tudo de uma só vez, pra sempre, amém.

Junto tudo, as flores, os afetos, os cuidados, os beijos, as flores, os vinhos, os sentimentos, a proteção, guardo tudo, minhas rimas de amor, meus versos de paixão, meus escritos de paz, minha paz escrita, os gestos mais simples, os atos de carinho, as palavras doces, os olhares firmes, os abraços de encontros, as lágrimas de despedidas, as saudades da distância, a emoção do encontro, a energia dos reencontros, as palavras do tempo, o tempo das palavras, o tempo pra sentir, o sentimento do tempo, a vida a seguir, um amanhã para continuar. Guardo.

As promessas feitas, as frases de amor, as viagens vem volta, as ilusões perdidas, as coisas minhas, as minhas coisas, o que perdi, o que encontro, o que me falta, o que ainda haverei de uma talvez encontrar. Guardo, como tudo de mim, o que sou, me resta, ainda tenho para a alguém algum dia ofertar, um coração que transborda, um amor que se eterniza, um sentimento gigante, um afeto maior, um carinho incomum, um ser humano sedento de outro ser humano simples, singelo, meigo e profundo.

Guardo aqui, em lugar secreto, aberto, fechado, aos olhos de quem possa ver, tranco, de chaves, em ilusões, na solidão, fecho, guardo, tranco, abro, minhas esperanças, minha fé, meu sorriso mais sincero, minha lágrima mais doce, minha dor mais forte, minha lembrança mais intensa e querida, meu beijo mais demorando, minha paz segura, meu abraço forte, meu caminhar firme, meu olhar de desejo, meu desejo sincero, minha verdade precisa, escondo, fecho, embrulho.

Coloco em qualquer lugar, a esmo, jogado, no lixo, na calçada, levo comigo, sob os pés, sobre a cabeça, dentro de mim, diante dos olhos, no coração, nas mãos, em mim, para quem quiser, puder ver, ouvir, quiser falar, tentar abrir, arriscar olhar, estará aqui, ali, bem perto, distante, aberto, fechado, o que sou, o que resta de mim, meu amor, minha paz, minha vida, minha paixão, meus sonhos, minha esperança mais difícil, meu desejo mais simples, minha paixão mais forte, meu carinho mais bonito, meu sorriso aberto, meu olhar profundo, minha face feliz, minhas mãos fortes, estão aqui, ali, perto, longe, ao ar livre, guardados, para quem tropeçar, para quem achar, para quem procurar, encontrar, quiser, abrir, pesquisar, tiver coragem.

Minhas dúvidas, minha tristeza, as guerras, preguiças, os defeitos, o que não sou, nem poderei ser, minha imperfeição, meu passado, meu presente, meu futuro, guardo me todo, fecho com senha, guardo com chaves, oferto a quem tiver coragem de mim, vergonha, medo, tentação, curiosidade, enquanto vivo me multiplico, me somo, me diminuo, perco pedaços, ganho arranhões, envelheço, amadureço, fico feio, torno-me bonito, sereno, meigo e lento, um caminhar pouco, um pouco de tudo, da vida, e assim, vou, seguindo, até encontrar quem um dia tenha a ousadia de me decifrar, me abrir, me levar, me querer, me sentir, me amar, me proteger.


Guardo, tranco, embrulho, está e estou em mim, sou eu, para quem tiver vergonha de me desamarrar e me vencer. 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Hoje sei viver sem você...

Hoje sei viver sem você...
Ronaldo Magella


A noite caiu. Dois volumes a mesa, um ser, um copo cheio, um prato vazio, uma lembrança que tarda a passar, imagem que custa a morrer, amor que vive pra sempre. O telefone não toca, o tempo passa, espero, crio e invento, desculpas, argumentos inúteis para aplacar a dor, a ânsia, o medo, o frio. Espero. Casa vazia, tempo triste, horas amargas. Sozinho, aflito, sereno. A televisão fala. Um gato, cachorro não geme. Uma boca séria, muda, inerte, um sorriso mudo, uma dor aguda, um lugar cheio de saudades, vazio de mim, colorido de sonhos, carente de esperanças, cheio de você. “Aprendi a te amar sem receber nada em troca além de você”, diz a letra triste de uma canção feliz que toca na rua em algum lugar lá fora. O tempo corre célere pra vida, devagar pra mim aqui nesta espera por nada de tudo. Quanto tempo?  Há muito tempo não me ouço, só o teu barulho me consome, o barulho da tua ausência. A noite avança, a esperança esvai-se, a realidade bate, toca, violenta, transforma, avisa, esclarece. Inaceitável. Inevitável. Tristeza é estado, solidão é posse, amiga, companheira, o dia longo, distante, dentro de mim demora a raiar, é noite ainda, infinita, lentamente deixa cair. Vazio sinto, esse, “hoje eu sei, esse vazio em mim é teu”, diz a música que ainda toca lá em algum lugar, talvez na tua companhia. Tudo passa, passa e fica, fica e morre, morre e faz morrer, faz em mim o que um dia fiz a você, deixa outra presença. Livre, liberdade, caminhos, direções, canções, sonhos, planos, prisão sem fim, tormento íntimo, solidão que sufoca e ilusão que maltrata, realidade que destrói. Procuro por você dentro da minha liberdade, não te encontro na minha cela, nas paredes da minha cadeia, no cárcere da realidade na qual vivo. “Não que você seja diferente, é que ninguém é igual a você”, me lembra a canção que repito na mente seguidamente. Suspiro. Uma lágrima quente cai, rola pelo corpo, escorre pelo chão, morre, como morro aos poucos dentro de mim desde o dia que me dei conta que a vida era você, viver era estar com você, e hoje eu morro sem você, por um dia não ter aprendido a viver com você.  “Aprendi a te amar sem te ter e hoje sei viver sem você”, termina minha canção. É loucura, você vai embora, me leva, fico, estou aqui com você dentro de mim. Você não está comigo e vivo das lembranças que me consomem a cada dia, em todo rosto, no amanhã que chegará, no ontem que passou, no hoje que finjo viver. E vivo. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Preciso de alguém, preciso de você (KD)

Preciso de alguém, preciso de você (KD)
Ronaldo Magella é professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, cronista

Preciso que alguém tome vergonha e apareça na minha vida, alguém que me olhe com alma, se apaixone pelo meu coração, curta a minha alma, se envolve em minha essência, decida viver os dias comigo, contar as estrelas, olhar para a lua, sentir o vento, sonhar com um futuro.

Preciso de um abraço apertado, de um colo macio, de mãos leves, sorrisos simples e olhos sinceros. Preciso de alguém que seja forte e não me abandone, não me deixe, não desista de mim, que esteja ali do meu lado, alguém que possa me corrigir, me reparar, me emendar.

E mais, preciso de alguém, preciso, de uma ligação no meio da noite, de uma mensagem de celular no meio do dia, de um café de tarde, de um beijo de noite, de um sonho pela madruga, da minha janela do bate papo piscando, preciso de saber que agora ou depois ou mais tarde eu vou encontrar alguém e que vamos sorrir e nos beijar e conversar sobre o mundo.

Preciso de alguém que me faça viver, que desperte em mim a necessidade de estar vivo, o desejo de amar sempre e mais, preciso de alguém que não tenha medo de mim, mas tenha vontade de me decifrar, me questionar, perguntar, preciso de alguém que me faça novamente voltar a suspirar de amor, alguém a quem possa oferecer flores, rosas, me doar, ofertar meus sentimentos e meus afetos, fazer por ela o que sempre quis fazer por alguém, surpresas, romantismo barato, momentos a dois, vida única, olho no olho, sorrisos de graça, sem preço, sem motivo, preciso, simplesmente preciso.

Preciso de alguém que me entenda quando estiver calado, triste, e que não me pergunte, mas que me faça rir até eu poder novamente falar o que sinto, preciso de alguém a quem eu possa cuidar, proteger, guardar, alguém que não precise me dizer, falar, vou saber o que fazer só de pra ela olhar, a alguém a quem eu possa sentir, quando seus olhos estiverem baixos, sua voz pouca, seu andar lendo, sua presença menor.

Preciso de alguém a quem eu possa dividir meus livros, meus filmes, minha vida, minha companhia, meus pensamentos, alguém por quem escrever, para quem dedicar, alguém ser o que sou, alguém que me toque com o olhar, me peça em silêncio, me conquiste todos os dias, me mantenha preso por vontade, por querer, por saber, por gostar.

Alguém que me faça me sentir livre por estar preso a ela, minha liberdade em prisão ao ar livre, que a minha prisão seja servi-la com beijos e carinhos, amores e saudades, paixões e romances, preciso, apenas e só preciso, nada mais. KD.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Quando chegar na pedra preta apenas escolha viver

Quando chegar na pedra preta apenas escolha viver
Ronaldo Magella é professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, cronista

Dizem que no fundo do poço deve haver uma mola e quando lá você chegar retornará mais rápido, firme e seguro, será? Bem, não sei onde fica o fundo do poço, sei que há momentos em que você pensa que está lá, mas o fundo sempre pode ser mais fundo e mais fundo e mais fundo, até nunca ter fim, será sempre uma escolha sua, uma decisão que depende mais de você do que as situações. Explico.

Aqui os amigos não falam em fundo do poço, mas na pedra preta, quando você não consegue mais cavar, quando você chega ao seu limite, quando não há mais esperança, consolações, quando enfim é o fim. E o que fazer nessas horas? Rir.
Aprender a rir da própria tragédia ajuda e muito, se olhar no espalho e rir, sensivelmente rir e pensar, podia ser pior. Ajuda e muito. Outra coisa é sentar na calçada de casa, olhar o céu e pensar que tudo vai passar. Como diz meu amigo Aderivaldo, isso também passará, seja o que for, chegará ao seu fim, é esperar e pronto.

Acho que o meu amigo Iordan tem razão, é esperar. Esperar o que? Foi o que ele me disse ontem, passei o dia com aquilo na cabeça, mas esperar o que Iordan? Nada, não se tem o que se esperar, pois viver já uma espera, estar aqui é acreditar que amanhã será diferente, que daqui a pouco tudo vai mudar, que você vai tropeçar no amor da sua vida, encontrar um bilhete premiado, realizar seus sonhos e viver o que precisa viver, ir o show da vida, ter o melhor sonhos de todos, cantar sozinho, chorar de emoção doce e singela.

E claro, o que é preciso pra isso? Como me disse um amigo outro dia, para que tudo aconteça só precisamos estar vivos, o resto a vida se encarrega se fazer acontecer. Precisamos fazer as nossas escolhas, entre elas, escolher viver, fazer partir, ir, deixar acontecer, respirar, sonhar e pronto, o resto virá. Do fundo do poço ou da pedra preta, certamente jamais haveremos de ficar lá para sempre.

Talvez o sofrimento seja mesmo uma questão de escolha, dizem que Renato Russo dizia, a dor é inevitável, mas sofrimento é opcional, talvez seja mesmo por aí, é quando você decide que a dor não irá mais te afetar, você pode sentir, mas pode escolher chorar ou sorrir, e quando você toma a sua decisão, pronto, você começa a viver realmente, pois a vida não é feita de escolhas Jaian, mas daquilo que você escolheu, depois de você escolhe, pronto, começa a festa.

O nosso sofrimento pode ser alimentado todos os dias, somos nós quem decidimos o que fazer com ele, se deixá-lo um pouco mais gordo ou se começar a fazer regime, fazer com o que ele desapareça da nossa vida aos poucos, com o tempo, com o trabalho, com o entendimento das coisas, da situação, da vida, dos afetos.

Não importa se no fundo do poço ou na pedra preta, sempre é uma decisão nossa, ver o copo com a metade vazia ou a metade cheia, entender a vida como algo definido ou infinita de possibilidades, só apenas isso, eu decidi viver e amar, o resto, bem, como cantou Cazuza, há sempre todo o resto.



Desistir é admitir o erro, o fracasso

Desistir é admitir o erro, o fracasso
Ronaldo Magella é professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, cronista

Aprendi com você a ser teimoso, por isso agora decidi aprender música, já havia comprado um violão, sou canhoto, desisti, tinha que mudar as cordas, achei complicado, voltei agora, comprei um teclado, não vou desistir, vou aprender, pelo menos quero tocar Parabéns pra você, obrigado KD, você me ensinou a ser teimoso, devo isso a você.

E então decidi não mais desistir de você, pois desistir é admitir o erro, o fracasso, dizer a mim, a você e ao mundo que os erros não podem ser consertados, não podem ser redimidos, não nasci pra errar, erro, mas não sou um erro, quero consertar as coisas, quero mudar o passado, quero sorrisos e abraços no futuro, quero beijos e conversas, quero que tudo seja como tem quer, simples e possível.

Não posso admitir e aceitar outro erro, fracasso, perda, outra vez cair na estrada achando que sou a pior pessoa do mundo, não quero essa trilha sonora ao meu lado a me acompanhar, quero dá a volta por cima, quero poder rir de mim mesmo e achar que tudo é possível quando se quer, se gosta, se ama, se deseja, e sim, quero, gosto, amo e desejo, tudo ser diferente, fazer o diferente. 

Não dá pra ficar chorando o passado e achar que pronto, já era, acabou, aconteceu, é preciso lutar, levantar a cabeça, erguer os olhos, chorar o que precisa ser chorado para sorrir o que haveremos de sorrir mais tarde. Não admito chegar até aqui e parar por falta de sorte, por sentimento de culpa, medo, fracasso, quero ir além, mais, adiante, não quero deixar que a vida nos leve sem fazer nada, eu decidi lutar. 

Decidi mudar, usar todas as armas que ainda me restam, e uma delas são meus sentimentos, a outra são meus textos, outra ainda, a sua teimosa em insistir que não podemos mais e digo do outro lado, teimando com você, ainda vale a pena, somos o que há de melhor, somos o que dá pra fazer, não desista de mim, eu não desisto mais de você, dure o que tempo que durar, a vida que for, custe o que custar, vou provar e te mostrar que tudo pode ser diferente, que as pessoas erram, mas precisamos perdoar, nos perdoar, precisamos nos melhorar.

Como escreveu Luiz Felipe Pondé essa semana, “o mundo melhor parece ser aquele no qual as pessoas podem errar, pedir perdão e ser perdoadas. Um mundo melhor não é um mundo sem violência ou ambivalência, mas um mundo onde existe o perdão”.

Não quero o seu perdão, apenas não quero admitir o erro, o fracasso, e desistir é deixar as coisas como estão e não quero que elas fiquem assim, quero poder andar de cabeça erguida, mostrar que o que aconteceu não era o que queria, desejava, foi trágico, mas não somos assim, a podemos provar isso, pra mim, pra você, por isso eu fico, não vou desistir, eu decidi lutar, amar e ser eterno, pois quando amamos somos eternos.

Todo romântico é escandaloso

Todo romântico é escandaloso
Ronaldo Magella é professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, cronista

Sou um romântico incurável, desde os sete anos de idade acredito em amor, penso que o amor pode mudar o mundo, as pessoas, é o sentimento mais intenso e forte que existe, não podemos resistir, quando acontece, pronto, mudamos, já não somos os mesmos, deixamos de ser quem éramos.

Todos os outros sentimentos deixam de existir, medo, raiva, mágoa, tristeza, depressão, decepção, tédio, o amor não, é eterno, jamais termina, melhora e se fortalece com o tempo, jamais tem um fim.

E por acreditar em amor, não poderia ser diferente, teria que ser romântico. Todo romântico é escandaloso, um palhaço, não basta gostar, precisa mostrar, não basta dizer eu te amo, precisa armar o circo, colocar faixa, chamar carro de som, organizar torcida, grita para o mundo, fazer barulho.

Todo romântico quer tornar o momento inesquecível, não basta presentear com o anel, precisa pedir de joelhos, restaurante lotado, violino do lado, olhares esbugalhados, mulheres chorando, homens com raiva, cena engraçada, pronto, feito o picadeiro, o teatro noir, apenas para perguntar o que já se sabe, me aceita, me ama, casa comigo?

Todo romântico precisa mostrar ao que veio, não basta comprar flores e mandar com um cartão simples, precisa sair carregando o buquê de rosas pelas ruas, precisa mostrar que ama, dizer para o mundo que irá fazer alguém feliz, que o seu amor é mesmo sincero e verdadeiro, ele ama a alguém e por ela fará tudo, até se passar pelo ridículo.

Todo romântico é estratégico, arquiteta momentos, cria jantares, inventa cenas, precisa sempre aparecer, mostrar que ele gosta e gosta mais, gosta mesmo, café na cama, viagens românticas, cartas de amor, seleção musical, tudo é preparado e escolhido a dedos, passa dias e horas planejando como encantar o seu amor, a sua paixão.

Como cantou Vander Lee, romântico são loucos, são poucos, desvariados, choram com baladas, amam sem vergonha, mesmos certos vão pedir perdão, conhecem o gosto raro de amar sem ter medo da decepção. Românticos não sentem medo, dúvidas, insegurança, se entregam, não lhes importa o futuro, mas o momento, o poder fazer e demonstrar, são inesquecíveis.


Não desisto de quem eu amo

Não desisto de quem eu amo

Ronaldo Magella é professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, cronista

Não há sofrimento em amar, no amor, se sofremos, não é amor, pode ser qualquer coisa,  menos amor, pois o amor é bom, não quer o mal, e assim sendo, não desisto de quem eu amo, pois se o amor é bom e eu amo, quero o melhor para quem eu amo, não desisto de quem eu amo, pois o amor é o sentimento por excelência, que transforma, afeta, muda, faz o mundo girar, ir, pulsar.

Desisto do que mata o amor, do que o faz definhar, desisto dos erros, das complicações, das dificuldades, daquilo que me distancia de amar, do amor, desisto das brigas, confusões, desisto da insegurança, do ciúme, da posse, da intranquilidade, mas do amor, nunca, jamais, de quem eu amo, não desisto nunca, nem penso nisso.

Eu choro, grito, escrevo, pulo, sinto, mas não desisto, é uma decisão, uma escolha, continuar amando, gostando, sentindo, desistir de amar, do amor, de quem amo é o mesmo que renunciar a própria vida, desistir de mim, que o amor se torne amizade, que ela não me queira mais, não esteja perto, mas eu posso amar e isso basta para me manter vivo, isso me alimenta alma, me consome os dias, as horas, o tempo, a vida.

Não desisto de quem eu amo, vou até o fim, e o amor não tem fim, ele cresce, aumenta, cria raízes, se finca em você, dentro, no seu interior, se reinventa, amanhece e dorme, vive e pulsa, caminha e descansa, se fortaleze, encontra saídas, busca soluções, arrasta a mim pelo mundo afora, pela vida adentro, por isso não desisto de quem eu amo, vou até o fim, e o amor não tem fim, por isso não desisto, apenas amo.

Não preciso de quem eu amo, não sofro por quem amo, apenas amo, é diferente, gosto, quero, desejo, é algo bom, um sentimento de poder fazer algo por alguém, sentimento de cuidar, de ser companheiro, parceiro, amigo, irmão, por isso não desisto de quem eu amo, apenas isso e tem lá a sua alegria.



KD tudo agora

KD tudo agora
Ronaldo Magella é professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, cronista


Se você não está aqui,
Tampouco estou junto de mim
Sigo ausente pela vida alheia tudo ao meu redor
(Jorge Vercillo – Distante)

KD os sentimentos, os beijos, a vida, a música, os livros, os filmes, os vinhos, a poesia, o futuro, o amor,  KD agora nosso corpo colado, junto, nossos lábios molhados, nossas pernas cruzadas, suas pernas sobre as minhas, seu corpo junto ao meu, nossos encontros, nossa vida pequena e cheia, imensa e deliciosa, nossa paixão, nosso Jorge Vercillo.

KD você do meu lado, nossas conversas, nossos sonhos recuperados, nossa esperança alçada outra vez ao nosso mundo, nossas tarde de sol, nossas vidas vividas, nossas afinidades, nossas noites de frio e calor, nossas mensagens, nossa vida, nosso tudo, KD o que éramos, fomos, somos, seríamos, KD você e tudo mais.

KD tudo que éramos, podíamos ser, agora só temos o que não somos, silêncio, ausência, saudade, distância, KD tudo agora que trocamos por nada, mendigos outra vez do amor esperando que a vida nos traga novamente os sonhos perdidos ou que tenhamos a coragem de nos permitir mais uma vez viver.

KD a certeza que tínhamos de que era bom, seria pra sempre, era o nosso futuro, a nossa fortaleza, a nossa base, a nossa referência, era tão bom saber que existíamos KD, era bom saber que estávamos ali e que depois de um dia de trabalho podíamos nos falar, relaxar ao nos encontrarmos, que podíamos conviver e aquilo nos dava uma certeza um futuro bom, era bom saber que num sábado pela manhã ou num domingo tedioso tínhamos a nós para nos completar e transformar a nossa vida para sempre, conversas amenas, sonhos planejados.

KD as nossas viagens, a ânsia de podemos sermos livres e viver o que queríamos, dança na praça (SL-MA), ali, perto do táxi, indo para o shopping, assistir ao seu primeiro filme de terror, foi bom, KD nossas mãos entrelaçadas, nosso caminhar seguro, nossa rede, nossos shows, tudo o que fizemos juntos e o que deixamos de fazer, o jogo, o vestibular, nossa vida KD.


Pela primeira vez na vida KD eu fui para alguém o que eu sempre quis ser, fazer, amar, desejar, fiz o que sempre sonhei em fazer por alguém, me entregar, jantar a luz de velas, vinho, flores, chocolate, cuidar, proteger, sonhar, era viver os sentimentos mais intensos e por isso ainda amo e gosto KD pois você me permitiu isso, alguém que me aceitou como era, com as minhas dificuldades, acho que você gostou da minha alma, esqueceu meu rosto, não ligou pra o meu corpo, viu o meu coração, amou minha essência, quis meu conteúdo, assim como também amei e amo aquilo que você tem de melhor, você KD, e por isso, por essas e outras não é fácil esquecer. Ainda gosto e muito. 

Quem ama só precisa de uma oportunidade (KD)

Quem ama só precisa de uma oportunidade (KD)
Ronaldo Magella é professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, cronista

Quem ama só precisa de uma oportunidade, não errará outra vez, não medirá esforços, não perderá a chance, não desperdiçará o tempo, será melhor, fará melhor, valer a pena, sabe que distância e solidão apenas nos ensinam com dor, mas não com prazer, alegria e afeto.

Quem ama só precisa de uma oportunidade para se reconhecer e só precisa de uma oportunidade para mostrar que amadureceu, ficou diferente, nos tempos de falta, ausência, soube se analisar, sentir e entendeu os erros, compreendeu as razões, os motivos, as lógicas e agora certamente fazer tudo diferente, pra melhor, pra cima, pra ser eterno.

Quem ama só precisa de uma oportunidade de fazer o seu amor feliz, de escolher as flores certas, preparar o jantar perfeito, a noite romântica, não precisará de sinais, já sabe o que pode e o que não pode, o que deve e o que não deve, a solidão sempre o avisará de que não pode mais errar, que é apenas uma oportunidade e que deve ser pra sempre.

Quem ama só precisa de uma oportunidade e vai mendigar por essa chance, implorar, pedir, chorar, pois sabe que pode fazer ser eterno, bom, melhor, pois quem ama sabe os motivos de amar e o que pode fazer por seu amor, para não perderá mais o seu amor, a sua paixão.

Quem ama só precisa de uma oportunidade, não chegará atrasado, nem sairá mais cedo, não inventará desculpas, não cairá nos mesmos erros, nem se justificará, não pedirá tempo, não terá dúvidas, não será inseguro, não dormirá no ponto, nem ficará parado esperando, irá com força, recuperará o tempo perdido, saberá quais caminhos cruzar e que palavras usar.

Quem ama só precisa de uma oportunidade, não ficará calado quando tiver que falar, saberá ouvir, decidirá quando for preciso, terá cuidado e atenção, será prestativo, mesmo quando não precisar, estará ali do lado, companheiro, fiel, não olhará de lado, nem para trás, seguirá adiante, sempre, para a felicidade.

Quem ama só precisa de uma oportunidade e não irá desistir, seu amor é o que lhe move, sustenta, amará de perto, de longe, a distância, pelos anos, séculos, esperando a chance de poder demonstrar o seu afeto, amor dos bons, sincero, puro, meigo, do bem.


Quem ama só precisa de uma oportunidade, de um sim, de um perdão, de um recomeço, de um lugar, de uma oportunidade para mostrar o quanto gosta, quer, deseja, espera, mudou, está melhor e será melhor, fará melhor, mas precisa de uma oportunidade, o amor se realiza na vida, aos dois, convivendo, quem ama só precisa de uma oportunidade KD. 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Feliz Dia dos Solteiros

Feliz Dia dos Solteiros

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada.

Como o dia dos namorados, bem, é preciso celebrar também o dia dos solteiros, não é tão ruim assim estar sozinho, você pode fazer muitas coisas legais sem alguém, é sério, sério mesmo, as pessoas reclamam da solidão, mas ela é legal, juro, vamos ver então.

Ah, solteiro e sozinho, viúvo ou separado você ir ao cinema sozinho, ou ver um filme em casa, cozinhar pra você mesmo, abrir um vinho, colocar uma música e chorar, é chorar, faz bem, chorar pois ninguém te ligou e você não suporta mais declarações idiotas no seu Facebook ou as pessoas tentando se conformar com a solidão, dizendo pense no Dia de Finados, eu sei, isso é muito idiota, mas enfim.

Mas pensando bem, você não irá se preocupar com presentes, nem irá se decepcionar por ganhar algo do qual não gostaria, pense nisso, tudo na vida tem o seu lado bom, nem precisará gostar com jantares, flores, tá, eu sei, você já começou a chorar, tudo bem, tenha calma, vamos respirar fundo.

Olha, como você estava no ano passado? Sozinho, solteiro, ah, tá vendo, não mudou muitas coisas, é apenas mais um ano solitário, então, eu sei que não suporta mais dez anos sem ninguém, sozinha, sem sexo, carinho, beijo, mas é só mais um ano, as coisas vão mudar, ano que vem você terá alguém, espere, confie, tudo vem no tempo certo de Deus, como dizem, é, eu sei, Deus é eterno, isso pode demorar um pouco, mas até lá você pode aproveitar melhor a vida, pense nisso, e claro sozinho....Não chore....aff

Solteiro é bom, tem o seu lado positivo, você pode sair com os amigos, sim, todos também estão solteiros e reclamando da mesma coisa, então, vai que no grupo você pode encontrar alguém, sei lá, tudo pode acontecer, ah, sei, você já tentou com todos e não deu certo, ah, paciência, tudo tem solução. Você ainda lembra do ex? Nossa, então, pronto, olha aí uma ótima oportunidade pra fazer as pazes, se reconciliarem, então, ah, quer dizer que ele já está com outra? Nossa, que pena, mas certamente ela é mais burra e feia do que você, você é especial, vá por mim, tudo mundo gosta de você, sim, entendi, ela é alta, loira e tem doutorado, ah, isso são detalhes, talvez ele esteja querendo esquecer você, isso é fato.

Como dizia, solteirice é uma nova forma de viver a vida nesses tempos modernos, tenha calma, tem muitos homens no mundo, como dizem, há muitos peixes no mar, como? Sim, você não aguenta mais de tanto moleque no Facebook que não sabe escrever e só sabe postar sobre jogo de futebol, ainda por cima não sabe nem criar um pensamento próprio, só sabe postar banners, citar frases de autores que nunca leu, ou de homens que não sabem conversar, ah, mas isso é normal, não existe ninguém perfeito, né? Vamos combinar como diria uma amiga minha, sério, é agora que a gente rir da nossa própria tragédia.

Então, tem muitas coisas pra fazer estando sozinho, você pode dormir cedo, pode caminhar sozinha, pode comprar roupas, pode cantar no banheiro, pode ficar com o celular na mão esperando alguém ligar pra você ou mandar um torpedo, não chore, chorando por quê? Seu celular num recebe nem mais mensagem da operadora? Calma, isso ainda vai mudar.

Você se cobra demais, olhe bem, tantos caseis, todos vão se separar e irão sofrer, você já está sozinha, então, não irá passar por isso, tá vendo? É, tem sim o seu lado bom, é só saber olhar, o melhor está ao nosso alcance. Como? Sei, sei, calma, não chore, é só mais um dia dos namorados, virão outros....



quarta-feira, 14 de agosto de 2013

“Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem” *

Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem” *

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada

Dizem que quando você está sozinho ninguém te quer ou te procura, e que quando você está acompanhado há um certo interesse ao seu redor. Não vou discutir isso agora, esse texto se propõe a outro assunto, mas cabe dizer que, quando você está sozinho tem mais tempo pra si, para olhar para o passado e para permitir que algumas pessoas possam se aproximar de você, eis uma das vantagens.

A última vez que a vi foi no dia 02 de novembro de 2008, segundo ela me conta, informa, não tenho essa memória, ela guardou o momento na mente. O tempo passou, a gente deixou de se falar, casei, me separei, vivi outras coisas, outros amores e paixões, não sei o que ela viveu, não me atrevi a perguntar, o que sei é que, pelo menos vim a saber ontem, depois de quase cinco anos, estamos em 2013, ela nunca me esqueceu.
Disse-me ontem que ainda mexo com ela, com os sentimentos dela, “tenho muita vontade de te ver”, foi a mensagem que recebi no meu celular. Nunca tivemos muitos encontros, salvo engano, uns três momentos juntos apenas, falávamos mais por celular, pela internet, mas tenho a sensação de que muitas vezes é mais importante o que a pessoa representa pra nós, o que sentimentos realmente do que como as coisas são. Será?

Não dá para explicar o nosso gostar, a gente gosta, apenas, e isso talvez nos baste, nos seja o suficiente para que possamos caminhar, seguir, acordar todo dia. Sei também que dói, dá saudade, vontade, outras vezes até nos faz bem pensar em quem gostamos, é maravilhoso, mesmo que ela, a pessoa, não esteja mais com a gente, mas  é o sentimento que importa, ele que nos fazer ir, seguir, caminhar, parar, chorar ou simplesmente sorrir.

Como diz o texto *Amarello Amor, “não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem... Percebemos que amor igual não há e aquela pessoa continua e continuará a ser nossa referencia afetiva mais sincera e profunda”. A gente vive, mas não pode se livrar das lembranças, pensamentos, sentimentos, do passado, do que vivemos, podemos ignorar, ser indiferente, mas sempre estará lá e como diz o texto, “todos nos carregamos conosco uma história. Aquela que só nos atrevemos a lembrar, quando durante a noite no escuro, encostamos nossas cabeças no travesseiro e o silêncio cala fundo.... Mas então, numa quinta-feira a tarde de um ano qualquer, tropeçamos nesse amor já supostamente esquecido.”.  Será? Sim, é.

Quanto a ela, a mim, estamos sozinho, vamos nos encontrar, conversar, sentar, vamos os olhar e saber o que sentimos, se vamos seguir ou se apenas vamos entender o que passado deve ficar no seu lugar, lá, no mínimo teremos um bom encontro, duas pessoas inteligentes, jornalistas, adultas, cultas, ela adora vinho, eu gosto de ler, teremos um bom momento, isso pra gente está garantido, o resto, como ela mesmo me disse, o resto a gente aproveita.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Solteiro profissional

Solteiro profissional
Autor – Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada.

Vou para o Rio de Janeiro em outubro, sozinho, vou para Porto de Galinhas no final do mês, sozinho, fui há duas semanas para o Show de Caetano Veloso em João Pessoa, sozinho, já sou grandinho, já sei me arrumar, escolher minhas roupas, pentear o meu cabelo, tenho a chave de casa, chego no horário que quero, isso talvez seja o que se chama de solteiro profissional.

Vi essa expressão numa entrevista que o ator Selton Mello deu a jornalista Marília Gabriela. Mello disse que vive bem sozinho, vai pra academia, ler, aqui e ali sai com os amigos, não fica procurando alguém, já teve muitas namoradas, há alguns rolos, mas se sente bem sozinho, e disse até que depois seria difícil encontrar alguém para encaixar na sua vida de solteiro profissional ocupado.

Claro que é bom ter alguém ali ao nosso lado, que a gente sabe que pode contar, que podemos procurar pra conversar, curtir coisas, sair, mas como hoje as pessoas estão com medo de sofrer, se apegar, se apaixonar, muitas preferem ficar na companhia de si mesmas, decidem viver suas vidas por conta própria, não querem arriscar, pois se já é difícil viver sozinho, com outra pessoa, e depende muito da outra pessoa, isso pode se tornar ainda pior.

A vida moderna nos permite isso, estar em nós com a gente mesmo, ficarmos sozinhos, claro, ninguém fica ou está sozinho mesmo, sons, música, redes sociais, filmes, televisão, amigos, família, trabalho, livros, religião, estudos, enfim, sempre há alguma coisa pra gente fazer, ir, viver, solidão é mesmo, é algo difícil de termos, a gente pode não ter alguém pra cultivar afetos, fazer carinho, sexo, mas se a gente quiser mesmo, sempre estaremos na companhia de alguém.

Outro dia encontrei uma amiga, 42 anos, bonita, corpo ainda interessante, dos filhos, conversamos, ela me disse que estava bem, sozinha, não estava mais procurando alguém, depois que o marido a deixou, se envolveu com outras pessoas, mas jovens até, mas nada vingou, então ela decidiu esperar, ficar de boa como se diz, investir no trabalho, cuidar dos filhos e seguir.

Sei que isso tem um preço, é bom por um momento, a gente se sente bem mesmo, mas com o tempo, com a solidão da casa ao nosso redor, dos amigos, da vida a gente vai sentir a necessidade de ter alguém ao nosso redor.

A gente precisa de tempo, ficarmos sozinhos por algum tempo, viver coisas nossas, sabermos de nós, dá pra viajar, ir a shows, ao cinema sozinho, ler, tomar um café, olhar as pessoas, caminhar, malhar, sim, tudo isso dá e pode nos ajudar a viver, seguir, não sei se pra vida toda, por um momento, uns tempos é bom, precisamos, mas no fundo acho que sempre vamos precisar de alguém, das pessoas, só acho, pode ser que alguém diga, só que não. Enfim.



Sou um desastrado no amor

Sou um desastrado no amor
Autor – Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada.

Estou sozinho, não por opção, vontade ou destino, sou um desastre no amor, uma parte de mim é desastrada, a outra é desequilibrada. Gosto de quem não gosta de mim, amo quem não me quer, suspiro por que nem me respira, desejo quem não tem vontade de mim, sonho com quem nem pensa que existo, sorriu para quem faz cara feia pra mim, ofereço o melhor de mim para quem não quer receber, sou um desastre, confesso e admito.

 Não faço nada certo, tudo sempre acaba errado, eu mando flores quando deveria estar em silêncio, eu digo te amo quando deveria apenas sorrir, eu escrevo poemas quando deveria dormir, o mundo não precisa do meu romantismo, as meninas, garotas, mulheres torcem o nariz, elas dizem gostar de alguém sensível e romântico, mas sempre terminam se apaixonando pelas pessoas que lhe são indiferentes, diferentes e distantes.

Eu organizo momentos, viagens e sempre me perco, eu improviso encontros, mas chego atrasado, eu gosto e acabo gostando demais e mais, amo pelo dois, amo por mim, por ela, admiro os defeitos, enalteço as qualidades, incentivo o carinho, cubro de afetos, elogio a paciência, sento e admiro, isso é pra deixar o amor tedioso e cansado, as pessoas gostam daquilo que não tem, nunca daquilo que já possuem.

Sou um desastre no amor, mas pensando bem, todo amor é um desastre do destino, é algo que não esperamos, apenas acontece, quando a gente menos espera, pensa, sente, pronto, já estamos apaixonados e mudamos mesmo sem o querer, sem o saber.

Sou um palhaço, sempre erro quando quero acerar, adoro fazer surpresas, flores roubadas, chocolates inusitados, vinhos pela noite, jantares pela semana, beijos ao amanhecer, pão queimado pela manhã, café quente, cheiro na testa, momentos íntimos, vidas juntas, vivo, sinto e penso, quero, desejo e faço, tarde cinematográfica, noites de estrelas, cenas de cinema, lembranças eternas, ao meu amor tudo e o melhor de mim.

Não há mulher que suporte, amor demais, romantismo demais, perto, ali, do lado, as pessoas não gostam disso, querem algo mais ou menos interessante, ninguém quer mesmo alguém que nos ame, queremos alguém para amarmos, não gostamos de quem nos faz o bem, nos gosta, gostamos de sofrer, chorar, correr atrás, somos caçadores.

Por isso, não tenho cura, vou continuar errado, gostando demais, querendo o bem, me desastrando, inventando a vida, romanceando a relação, até um dia encontrar alguém que crie coragem, não desista de mim e me corrija, ainda dá tempo, estou vivo e isso basta. 

sábado, 10 de agosto de 2013

#partiu amor novo

#partiu amor novo
Autor – Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada.

Recolhi meus cacos, pedaços, juntei tudo num pá, joguei o passado pela janela, varri tudo, limpei a casa interior do meu ser, meu coração, e o que de mim sobrou decidi seguir e viver, caminhar, mesmo cambaleando, mas mesmo assim andando, de pé, seguindo.

Colei as arestas, emendei pontos, crie caminhos, tomei decisões, fechei os olhos e mergulhei sem pensar, sem medir, apenas por sentir, e foi sentindo que parei, olhei, sorri e quis.

Decidi partir para uma nova existência e foi em você que encontrei os motivos para seguir e realizar meus sonhos, minhas esperanças, meus dias de um futuro bom. Elegi você como o amor que sempre quis e sonhara.

Agora eu era outro e você a responsável pelo meu sorriso, pelo meu bom dia, pela minha tarde, por minhas noites, por meus bons e melhores sentimentos que há tempos não sentia, e como cantou Chico Buarque, “e você era a princesa que eu quis coroar e tão linda de se admirar”, que acabei por te amar e me apaixonar.

Aos poucos você foi ocupando um espaço nos meus dias, nos meus pensamentos, sentimentos, na minha rotina ocupada, na minha vida bagunçada, em tudo de mim, no meu ser, foi pelas horas, pelos dias, pelos momentos chegando e ficando e quando pensei e dei por mim você já morava dentro de mim, já não sabia onde eu terminava e quando você começava, estávamos juntos, unidos, livres e presos, consumidos por um só desejo, sermos felizes.

Precisa dizer com palavras o que com palavras nunca pode ser tido, muitas coisas não nem sempre podemos traduzir, só sentir, e sinto, mas era preciso expressar, colimar esforços para te dizer, preciso de você, preciso te sentir todo dia, saber que você existe, saber que mais tarde vou poder te falar, receber uma mensagem tua, que vamos conversar mais tarde, nos falarmos, nos perguntarmos um pelo outro, sabemos de nós, da gente.

Preciso saber que amanhã você estará ainda aí, mesmo que do outro lado, mesmo distante, mas presente em mim e que vou poder te procurar, te chamar, ir ao teu encontro e tu poderás fazer o mesmo, seremos para sempre agora ontem e hoje e depois o que a vida nos permitiu ser, amor, paz, união, afeto, carinho, amizade, cúmplices do que o destino nos serviu e preparou, a nossa vida entrelaçada para nos curarmos da dor, da solidão, do medo e nos amarmos, gostarmos e sermos, só sermos.


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Quando falamos em amor, somos todos iguais

Quando falamos em amor, somos todos iguais

Autor – Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada.

Certos, somos racionais, pensamos, sentimos, temos linguagem para expressar sentimentos e emoções, denominar coisas, qualificar pessoas, caracterizar situações, mas parece que no fundo, no fundo, bem no fundinho, apesar de todos esses atributos e qualificações da nossa evolução como espécie, parece que somos iguais máquinas, previsíveis, com um espécie de manual ou etiqueta que diz como iremos funcionar ou deixar de funcionar, como vamos reagir ou não diante de certas ocasiões.

Filmes como Ele Não Está Tão Afim de Você ou Hitch – conselheiro amoroso, demonstram basicamente isso, nossa forma de nos comportar nas relações sociais afetivas, ou melhor dizendo, quando estamos prestes a vivenciar um acontecimento de tal natureza, a aproximação de alguém com algum interesse mais íntimo, podemos assim fechar o sentido desse parágrafo.

O primeiro filme, Ele Não Está Tão Afim de Você, trata sobre como perceber quando alguém não está interessado em nós. Certos sinais básicos demonstram muito bem o interesse ou a indiferença de alguém em relação ao nosso contato insistente em busca de uma abordagem mais instigante. Alguém não retorna as nossas ligações, não responde nossos emails, não dá atenção a nossa conversa, tem sempre uma desculpa para os nossos convites ou sempre não está interessado em uma maior aproximação, dizendo ser por falta de tempo, ou seja, por conta do trabalho, seja, seja, enfim, seja.

O fato é que, quando alguém quer, alguém faz acontecer, arruma lugar, tempo e uma desculpa para nos encontrar, chega até a faltar ao trabalho, deixa de ir aula, até mentir em casa. Mas quando não quer...bem, não quer e pronto.

O segundo filme, Hitch – conselheiro amoroso, é o contrário do primeiro, este nos inspira a fazer a coisa certa, dizer as coisas certas, vestir a roupa certa, ter a atitude adequada para conquistar alguém. E por mais que alguém diga, as pessoas são diferentes, cada um tem um toque, uma fórmula, um som que se devidamente soado no momento certo, na hora certa, no dia e lugar, puff, a paixão começa a se desenvolver.

Se olharmos para as pessoas que nos chamam atenção ou para alguém que queremos para sempre ao nosso lado vamos perceber que são os detalhes que nos conquistam, o olhar, o andar, o sorriso, a voz, alguma coisa que nos faz perder a cabeça, os sentidos, nos despertam as emoções. O contrário também acontece, quando não gostamos de alguém ou quando não queremos alguém por perto é por um único e simples motivo, os detalhes não se encaixam conosco, tem algo na pessoa dissonante com a nossa forma de ver o mundo, com as nossas preferências.

Então é isso, ou mais ou menos isso, somos assim, emitimos sinais quando não queremos, ficamos a espera de um sinal para reconhecer algo que estamos esperando, temos regras, manuais, fórmulas, conceitos e preconceitos. Se alguém cumprir as regras, colimar as fórmulas, encaixar-nos, como diz o manual, nos ganha, porém, do contrário, nos expelirá.


Não é de agora, vide o livro A Arte de Amar do poeta romano Ovídio, versos que narram sobre como conquistar as mulheres e mantê-las presas e também como as mulheres podem trair seus homens. Claro, o poeta foi banido de Roma por ser considerado imoral, mas isso não importa ou tem valor para o nosso texto em questão. A nossa grande questão é que, do Império Romano aos dias atuais, digitais, parece que não mudamos nadinha de nada. Incrível. Pelo menos nesse campos das relações e dos sentimentos somos previsíveis.