sexta-feira, 24 de outubro de 2014

É na intimidade que nos revelamos

É na intimidade que nos revelamos

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada (24-10-1014)

A gente não conhece alguém até conviver com ele, ou ela.

Só na intimidade demonstramos quem somos, quem realmente somos. As pessoas nunca são o que elas realmente aparentam ser, há sempre algo em baixo do tapete, atrás da porta, dentro do quarto.

Em sociedade as pessoas fingem, mentem, são atores e atrizes, sorrisos falsos, atuações mesquinhas, interesseiras, maquiavélicas.

A pessoa educada, recatada, quieta, simples, calada, pode muitas ser um monstro entre quatro paredes, dentro de casa; a outro, outra, muito simpática, engraçado, boa praça, traz consigo traços obscuros que só serão conhecidos quando em convivência. Nos Escondemos por trás do verniz social, usamos máscaras.

Por isso muitas relações fracassam, as pessoas se mostram, ou  só mostram sempre o seu melhor, suas melhores qualidades quando em relação as outras pessoas, são as máscaras sociais.
Ninguém terá coragem de admitir seus defeitos e piores erros.

O nosso ego ou o nosso marketing pessoal não permite que a gente apresente o que temos de pior, escondemos os nossos defeitos, somos performáticos, criamos e inventamos outro alguém para conquistar a simpatia das pessoas, de alguém.

Sempre somos interessantes quando queremos cativar alguém, emitimos elogios, cantadas baratas, somos atenciosos, românticos, nos produzimos, depois do objetivo alcançado, cansamos, não conseguimos manter o ritmo, e claro, quando a presa está em nossas mãos, pronto, revelamos a realidade.

As pessoas sempre dizem ou fazem os mesmos comentários, “você era uma pessoa, mudou com o tempo, no início era um, agora é outro”, elas não conseguem perceber que nunca houve mudança, mas uma encenação, agora encerrada e que só a convivência tornou clara e real.

As pessoas encenam uma forma de ser, qualidades, características, mas um dia elas cansam e se mostram quem realmente são, por isso há um ditado que diz, quer realmente conhecer alguém, coma com ele um quilo de sal, ou seja, dê tempo, seja íntimo dela, converse, esteja junto, perto, isso irá possibilitar um real conhecimento do outro.

Longe disso apenas ficaremos com a aparência das pessoas, com aquilo que elas querem demonstrar, aparentar e nunca com o que elas realmente são em essência.



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