sábado, 25 de março de 2017

Carente

Gente carente dá medo

Ronaldo Magella 25/03/2017

Foi uma amiga quem me disse, tenho medo de gente carente, não dar pra conviver com gente assim, cobra demais, pede mais, quer te controlar, dramatiza demais a relação, corro léguas, ela me disse, quando vejo um carente.

Acredito que a maioria das pessoas é carente, melhor, todo mundo é carente, mas uns sabem controlar melhor os sentimentos, são reservados, sofrem em silêncio, já outros são mais sufocantes, esparramados, mas no fundo todo mundo quer carinho, afeto e atenção.

O problema do carente sentimental é que ele não olha pra si, não se ocupa de si, ele busca no outra a sua felicidade, torna o outro o centro das suas atenções, se apega demais, quer controlar, vigiar, chegando muitas vezes a aborrecer com a sua insistência.

O carente é um angustiado, inseguro, tem medo, fala sem pensar, se repete, sofre de bipolaridade, tem ataques numa hora, na outra volta ao normal, acha que não foi nada e quer que a pessoa o entenda como a coisa mais simples e normal do mundo.

Ele se sente vítima, acha que todo mundo precisa entendê-lo, faz bico, fica mudo, no fundo quer só atrair a atenção do outro, mas isso cansa, nem todo mundo tem paciência para tais alterações de humor, gente assim sofre e faz o outro sofrer.

O carente aborrece, se antecipa, sofre antes, imagina de mil coisas, faz mil perguntas, põe muitas vezes a relação abaixo por conta da sua neurose, se você não responde ele diz que você mudou, que você não é mais o mesmo, ele não consegue entender a vida do outro, pois ele quer ser o centro das atenções, acha que tudo deve girar ao redor dele, no fundo ele é um egoísta.

O carente torna a vida um saco, um tédio, não quer sair com seus amigos, quer isolar você do mundo, não sabe conviver com todo mundo, não é aberto, é sempre fechado, resmunga demais, reclama demais.

Minha amiga tem razão, é melhor não passar nem perto, da próxima vez que você encontrar um carente, dê um abraço bem forte e deseja boa sorte e saia corrente.


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