Neutros, não estamos
nem aí
Ronaldo Magella 26/02/2016
Neutro, essa a resposta que um amigo meu deu quando perguntei
sobre os rumos do seu coração, na verdade ele quis dizer, não estou me
importando no momento, meio que cansado de dar bola pra o meu coração e os meus
sentimentos, chega de paixões ridículas e ilusões desnecessárias.
Até sei que precisamos de amor, solidão é pra gênios e
heróis, a gente, nós, o povo, pessoas de carne e osso, precisamos de gente, de
companhia, mas cá entre nós, essa busca por amor cansa, e muito, muitas vezes
faz a gente se sentir bobo e repetitivo, como se andássemos em círculos atrás do
nosso próprio rabo.
Não sei os motivos, mas tenho encontrado muita gente assim,
neutras, sem se importar com suas questões emotivas e afetivas, se bom ou ruim,
não sei, mas sei, pois vejo, que muita sofre correndo e em busca disso que
chamam de amor, a solidão muitas vezes é necessária, pra você colocar muitas
coisas no lugar, te deixa mais sereno e menos vulnerável, mais seguro e firme
em outras coisas.
Mas sei também que vez ou outra vamos sentir uma solidão,
pequena, que a gente tenta abafar, guardar, conter, mas ela sempre chega de mansinho
e nos deixa um pouco entediados em determinados momentos, é quando surge dento
de nós aquela vontade de encontrar alguém, ter alguém, viver uma paixão, e
quando isso acontece, nem sempre os resultados são bons, no vexame a gente
acaba trocando qualidade por quantidade, desejo por necessidade, vontade por
posse, e já viu, não vai ser nada bom.
A boa notícia? Ela passa, a solidão, a aquela vontade, também,
e a gente voltar a ficar neutro e seguir nosso caminho, nossa vida. Voltamos a
nos afastas das pessoas, recuamos e não deixamos nos envolver.
Não estou dizendo que solidão seja bom, mas também que
insistir em romances e paixões, principalmente pelo motivos errados e com
pessoas pouco interessantes é pedir pra sofrer e sentir o sabor da dor sem
necessidades.
Estamos bem, eis o que muitas pessoas me dizem, estou bem, em
paz, tranquila, estamos neutros, assim podemos dizer, sim, gostaríamos, mas
isso não quer dizer que a gente tenha que realmente buscar, talvez, como dizem,
vai aparecer, chegar e se isso não acontecer, já sabem, não estamos nem aí, e
isso basta.
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