Doutor Estranho e a busca por si mesmo
Ronaldo Magella 08/11/2016
Nada tão real
quando a dor. Nada mais verdadeiro do que o sofrimento. Antes disso, a sensação
que temos é que vivemos uma ilusão, uma fantasia.
Só é possível
encontrar a si mesmo em meio à desilusão, apenas o desconforto no faz mudar, é
no escuro que procuramos a luz, quando perdidos é que buscamos nos encontrar.
Doutor
Estranho, o filme, abre uma porta para a percepção do que está bem a nossa
frente, mas invisível aos nossos olhos.
"Estamos procurando o meu caminho", Diz Doutor Estranho.
Mundos
paralelos, espelhados, múltiplos universos, o controle da mente sobre o corpo,
a cura do espírito para melhor o corpo, uma forma holística de entender a vida,
o próprio ser humano, render-se para ter o controle sobre si.
Recheado de
teorias espiritualistas, física quântica, budismo, o que vivemos é finito
diante das possibilidades infinitas que a vida pode nos ofertar e oferecer. Viver
é pouco, a vida é pouco, a existência é maior.
Somos um
cisco no universo, um momento sem importância, um fragmento da existência, do
todo. É preciso despir-se do ego, da vaidade, para alargar os horizontes.
“O que dá
sentido a vida é a morte”, diz a mestre anciã, é a finitude das coisas, da
existência, o pouco tempo que temos para viver que nos fazer seguir mais,
realizar, desejar, é o que nos existir com algum sabor.
Uma viagem
psicodélica, um pedido para olhar pra si e se perceber, fazer as buscas
necessárias antes que a dor a faça, antes que a solidão nos solicite, antes que
a vida nos cobre aquilo que deve ser deve nosso, o “conhece-te a ti mesmo”.
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