quarta-feira, 14 de agosto de 2013

“Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem” *

Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem” *

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada

Dizem que quando você está sozinho ninguém te quer ou te procura, e que quando você está acompanhado há um certo interesse ao seu redor. Não vou discutir isso agora, esse texto se propõe a outro assunto, mas cabe dizer que, quando você está sozinho tem mais tempo pra si, para olhar para o passado e para permitir que algumas pessoas possam se aproximar de você, eis uma das vantagens.

A última vez que a vi foi no dia 02 de novembro de 2008, segundo ela me conta, informa, não tenho essa memória, ela guardou o momento na mente. O tempo passou, a gente deixou de se falar, casei, me separei, vivi outras coisas, outros amores e paixões, não sei o que ela viveu, não me atrevi a perguntar, o que sei é que, pelo menos vim a saber ontem, depois de quase cinco anos, estamos em 2013, ela nunca me esqueceu.
Disse-me ontem que ainda mexo com ela, com os sentimentos dela, “tenho muita vontade de te ver”, foi a mensagem que recebi no meu celular. Nunca tivemos muitos encontros, salvo engano, uns três momentos juntos apenas, falávamos mais por celular, pela internet, mas tenho a sensação de que muitas vezes é mais importante o que a pessoa representa pra nós, o que sentimentos realmente do que como as coisas são. Será?

Não dá para explicar o nosso gostar, a gente gosta, apenas, e isso talvez nos baste, nos seja o suficiente para que possamos caminhar, seguir, acordar todo dia. Sei também que dói, dá saudade, vontade, outras vezes até nos faz bem pensar em quem gostamos, é maravilhoso, mesmo que ela, a pessoa, não esteja mais com a gente, mas  é o sentimento que importa, ele que nos fazer ir, seguir, caminhar, parar, chorar ou simplesmente sorrir.

Como diz o texto *Amarello Amor, “não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem... Percebemos que amor igual não há e aquela pessoa continua e continuará a ser nossa referencia afetiva mais sincera e profunda”. A gente vive, mas não pode se livrar das lembranças, pensamentos, sentimentos, do passado, do que vivemos, podemos ignorar, ser indiferente, mas sempre estará lá e como diz o texto, “todos nos carregamos conosco uma história. Aquela que só nos atrevemos a lembrar, quando durante a noite no escuro, encostamos nossas cabeças no travesseiro e o silêncio cala fundo.... Mas então, numa quinta-feira a tarde de um ano qualquer, tropeçamos nesse amor já supostamente esquecido.”.  Será? Sim, é.

Quanto a ela, a mim, estamos sozinho, vamos nos encontrar, conversar, sentar, vamos os olhar e saber o que sentimos, se vamos seguir ou se apenas vamos entender o que passado deve ficar no seu lugar, lá, no mínimo teremos um bom encontro, duas pessoas inteligentes, jornalistas, adultas, cultas, ela adora vinho, eu gosto de ler, teremos um bom momento, isso pra gente está garantido, o resto, como ela mesmo me disse, o resto a gente aproveita.


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