terça-feira, 20 de agosto de 2013

Desistir é admitir o erro, o fracasso

Desistir é admitir o erro, o fracasso
Ronaldo Magella é professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, cronista

Aprendi com você a ser teimoso, por isso agora decidi aprender música, já havia comprado um violão, sou canhoto, desisti, tinha que mudar as cordas, achei complicado, voltei agora, comprei um teclado, não vou desistir, vou aprender, pelo menos quero tocar Parabéns pra você, obrigado KD, você me ensinou a ser teimoso, devo isso a você.

E então decidi não mais desistir de você, pois desistir é admitir o erro, o fracasso, dizer a mim, a você e ao mundo que os erros não podem ser consertados, não podem ser redimidos, não nasci pra errar, erro, mas não sou um erro, quero consertar as coisas, quero mudar o passado, quero sorrisos e abraços no futuro, quero beijos e conversas, quero que tudo seja como tem quer, simples e possível.

Não posso admitir e aceitar outro erro, fracasso, perda, outra vez cair na estrada achando que sou a pior pessoa do mundo, não quero essa trilha sonora ao meu lado a me acompanhar, quero dá a volta por cima, quero poder rir de mim mesmo e achar que tudo é possível quando se quer, se gosta, se ama, se deseja, e sim, quero, gosto, amo e desejo, tudo ser diferente, fazer o diferente. 

Não dá pra ficar chorando o passado e achar que pronto, já era, acabou, aconteceu, é preciso lutar, levantar a cabeça, erguer os olhos, chorar o que precisa ser chorado para sorrir o que haveremos de sorrir mais tarde. Não admito chegar até aqui e parar por falta de sorte, por sentimento de culpa, medo, fracasso, quero ir além, mais, adiante, não quero deixar que a vida nos leve sem fazer nada, eu decidi lutar. 

Decidi mudar, usar todas as armas que ainda me restam, e uma delas são meus sentimentos, a outra são meus textos, outra ainda, a sua teimosa em insistir que não podemos mais e digo do outro lado, teimando com você, ainda vale a pena, somos o que há de melhor, somos o que dá pra fazer, não desista de mim, eu não desisto mais de você, dure o que tempo que durar, a vida que for, custe o que custar, vou provar e te mostrar que tudo pode ser diferente, que as pessoas erram, mas precisamos perdoar, nos perdoar, precisamos nos melhorar.

Como escreveu Luiz Felipe Pondé essa semana, “o mundo melhor parece ser aquele no qual as pessoas podem errar, pedir perdão e ser perdoadas. Um mundo melhor não é um mundo sem violência ou ambivalência, mas um mundo onde existe o perdão”.

Não quero o seu perdão, apenas não quero admitir o erro, o fracasso, e desistir é deixar as coisas como estão e não quero que elas fiquem assim, quero poder andar de cabeça erguida, mostrar que o que aconteceu não era o que queria, desejava, foi trágico, mas não somos assim, a podemos provar isso, pra mim, pra você, por isso eu fico, não vou desistir, eu decidi lutar, amar e ser eterno, pois quando amamos somos eternos.

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