Dá pra conviver com a diferença, com a intolerância
não
Ronaldo Magella 11/07/2016
Já faz algum tempo, era estudante de jornalismo, conheci uma menina em
Campina Grande, bonita, interessante, papo agradável, jurava que era o amor da
minha vida. Combinamos, ficamos de nos encontrar no Shopping, e, conversamos
muito, rimos, tudo muito perfeito.
Na volta, antes do beijo que selaria a nossa existência, ela me
perguntou, qual a sua religião? Ué, mas o que aquilo tinha lá a ver? Pensei,
mas afirmei ser espírita, ela sorriu, e disse, ah tá.
Quis saber mais os motivos da expressão, por quê?, Ela apenas me
disse, que a gente deveria parrar por ali, não tinha como continuar, ela era
evangélica e a mãe jamais iria me aceitar, me desejou boa sorte e foi embora,
sem mais nada, sem direito a apelação, argumentação ou espanto.
Foi a primeira vez que tomei conhecimento do preconceito, senti-me
envolvo com a intolerância, foi a primeira vez que percebi que os rótulos podem
afastar as pessoas, que o preconceito pode ser radical e violento, que as
pessoas podem ser conversadores e fechadas em suas ideologias, discursos e
sentimentos.
É possível aceitar o diferente, a pessoa que não gosta das mesmas
coisas, que não tem as mesmas ideias, até podemos conviver, mas é quase impossível
conviver com o intolerante.
Com ele não há diálogo, conversa, ele não cede, não se permite e nem permite,
pior, ele nem tenta, conservado e protegido dentro do seu discurso limitado,
castrador e apenas exerce a sua vontade, isso pra ele basta.
Isso também aconteceu comigo!! Bom, tomamos um choque, mas viramos a página, penso que cada um tem seu ritmo de aprendizagem
ResponderExcluirpois é Luana, ainda existem situações reais desta natureza.
Excluir