domingo, 8 de janeiro de 2017

Não

 “Não me mate dentro de ti”.

Ronaldo Magella 08/01/2017

Leia essa crônica ao sabor da música Sutilmente – Skank

“Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate (não)
Dentro de ti”

Espere o que tempo que for preciso, deixe a raiva passar, a mágoa acabar, a tristeza morrer, mas não me mate dentro de ti.

Não quero morrer em você, de você. Tenho tanto pra te dizer, ainda preciso de você, nada mais queria ter. “Temos tanto pra falar, coisas pra esquecer”.

Tenho sede dos seus beijos e fome do teu corpo.

Faça as contas, some o que for bom, divida o que não prestar, subtrai o que podemos mudar, multiplique pelo que podemos melhorar, mas não me mate dentro de você.

Não se afaste, não vá pra longe, não suma, não morra pra mim, não me destruía dentro de você, me deixe ficar.

Ria da minha loucura, ignore a minha ignorância, esqueça as minhas bobagens, segure minha mão, me abrace quando eu chorar, me olhe quando eu calar, mas não me mate dentro de ti.

Não deixe morrer aquele gostar primeiro, do primeiro encontro, da primeira vez, não deixe tudo que foi bom desaparecer, não apegue pra sempre o teu sorriso das nossas melhores fotos, não me apague de você.

Queira-me outra vez, agora melhor, renovado, em melhor edição, em novo formato, recauchutado, recuperado, aprimorado, mas não me deixe morrer em você.

E mesmo que a morte já seja coisa certa, conserve as nossas lembranças, aqui já vivo de saudade, esperando o momento do reencarne em teus braços outra vez.


Nenhum comentário:

Postar um comentário