terça-feira, 16 de julho de 2013

Não vai rolar, não por enquanto

Não vai rolar, não por enquanto
Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada.
16/07/2013

Não acho que coração seja igual a fila, entre um, logo vem o outro, e ele vai caminhando, seguindo, como se nada tivesse acontecido, não, não funciona assim, pelo menos comigo. Já escrevi sobre isso outro dia, não assim diretamente, mas ao me reportar a um caso de um amigo que terminou uma relação e logo entabulou outra e viu que num era a coisa certa a fazer pelo momento.

Se uma relação termina, e ninguém termina algo sozinho, alguém sentiu e alguém provocou, alguém se feriu e alguém cortou, o fato é que, quando algo se quebra, parte dos dois lados, a corda nunca arrebenta apenas de um lado, isso quando há sentimentos envolvidos e quando é assim é preciso parar e repensar muitas coisas.

Sei que a maioria das pessoas sente e tem medo de ficar sozinha, por isso a ansiedade de fazer a fila andar, mostrar pra o outro que está bem, feliz, com outra pessoa, isso é meio competitivo, mas tem um preço acredito, às vezes muito algo por se pagar.

Decidi ficar um tempo sozinho, eleger outras prioridades, arrumar a vida, me entregar aos livros, ao trabalho, me apaixonar pela vida sem que seja necessário está com outra pessoa, talvez seja um momento importante, pensar um pouco no próprio destino, no seu futuro, já que com outra pessoa você pensa sempre por ela, com ela, o que fará da vida ao lado dela.
Até entendo o que dizem, um amor, se cura com outro, mas num é bem por aí que a coisa funciona assim, pode até ser para outras pessoas, talvez comigo não, preciso me curar, me fortalecer, me pensar, refletir os erros, colocar as coisas no lugar, em ordem para quando me apaixonar bagunçar tudo outra vez, pois é assim que funciona.

Mas, porém, entretanto, gostaria de dizer, já pensei muito a respeito, e decidi comigo mesmo, não irei mais errar, não haverá mais outros relacionamentos na minha história, vida, será apenas agora o próximo e final, não irie cometer os mesmo erros, não andarei em ciclos, não me deixaria ser o mesmo do passado, cometer novamente os mesmo passos falsos, por isso é necessário me permitir esse tempo, para amadurecer dentro de mim os sentimentos, as decisões, as certezas, as minhas verdades.

Quanto ao amor do passado? Talvez a minha maior paixão até o momento, tínhamos livros, músicas, conversas, sonhos, viagens, cumplicidade, tínhamos afinidades, mas a vida é assim, as coisas terminam. Não a esquecerei jamais, a levarei comigo pra sempre, dentro de mim, no meu coração, não tenho raiva ou mágoa dela, entendo e aceito a sua decisão, como diz um amigo, ela decidiu, tá decidido, entendo que poderia ser diferente, pois como diz Carpinejar, o amor num pode ser como um contrato, que os nossos erros o tornem nulo, acredito em entendimento, diálogo, esforço, quando se realmente quer, eis o fator, querer, que acho que não houve, mas enfim.


Logo, estou no meu momento, ainda roendo as unhas, chorando pelos consultórios, na minha dor de cotovelo, que irie levar adiante até um dia ela findar, até lá vou cantar, chorar, lembrar, sentir saudade, mas ela vai passar, vai, pois o amor morre aos poucos por falta de cuidado, atenção, zelo, afeto, mas eis que, não acaba, morre, e tudo que morre se torna eterno, se eterniza, logo, jamais deixará de existir, mesmo não retornando mais ao que um dia foi. 

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